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Pensar Enfermagem / v.27 n.01 / junho 2023
DOI: 10.56732/pensarenf.v27i1.215
Artigo de revisão
Como citar este artigo: Flora M, Malheiro I, Barros L, Coelho A N. Intervenções para a autogestão em
adolescentes com Diabetes Tipo 1: um protocolo de revisão scoping. Pensar Enf [Internet]. 2023 Jun;
27(1):39-44. Available from: https://doi.org/10.56732/pensarenf.v27i1.215
Intervenções para a autogestão em adolescentes
com Diabetes Tipo 1: um protocolo de revisão
scoping
Resumo
Introdução
O desenvolvimento dos adolescentes centra-se na construção de autonomia e independência
face à supervisão parental. Este desafio torna-se mais complexo perante um diagnóstico de
diabetes tipo 1, o que exige responsabilização do adolescente face à gestão da doença. Nesta
fase revela-se crucial a implementação de intervenções promotoras de competências de
autogestão.
Objetivo
Mapeamento de intervenções promotoras de autogestão para adolescentes com diabetes
tipo 1.
Métodos
Esta revisão scoping segue a metodologia proposta pelo Joanna Briggs Institute. Serão incluídos
estudos publicados em inglês, espanhol e português, entre 2009-2021, sem limitações
geográficas ou culturais. O processo de análise, extração e síntese de dados será realizada
por dois revisores de forma independente, de acordo com os critérios de inclusão. Os
resultados serão apresentados de seguindo as orientações do Preferred Reporting Items for
Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), diagrama para revisões scoping. O
protocolo encontra-se registado no Open Science Framework https://osf.io/z6wbj.
Resultados
O mapeamento de intervenções para adolescentes com diabetes tipo 1, é fundamental para
a construção de uma intervenção estruturada, centrada na promoção de comportamentos
de autogestão, contribuindo para a disseminação científica sobre o tema.
Conclusão
Espera-se que os resultados desta revisão contribuam para a construção de conhecimento
que fundamente o desenvolvimento de intervenções de enfermagem para adolescentes
com diabetes tipo 1.
Palavras-chave
Adolescentes; Diabetes Mellitus, Tipo 1; Programas; Autogestão.
Marília Costa Flora1
orcid.org/0000-0002-9934-9143
Maria Isabel Dias Costa Malheiro2
orcid.org/0000-0002-9093-4821
Luísa Barros3
orcid.org/0000-0002-5075-0104
Adriana Neves Coelho4
orcid.org/0000-0002-6381-7128
1Mestrado. Escola Superior de Enfermagem de
Coimbra, Portugal. Centro de Investigação, Inovação e
Desenvolvimento em Enfermagem de Lisboa
(CIDNUR).
2Doutoramento. Escola Superior de Enfermagem de
Lisboa, Portugal. Centro de Investigação, Inovação e
Desenvolvimento em Enfermagem de Lisboa
(CIDNUR).
3Doutoramento. Faculdade de Psicologia da
Universidade de Lisboa, Portugal.
4Doutoramento. Unidade de Investigação em Ciências
da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), Escola Superior
de Enfermagem de Coimbra, Portugal. Portugal Centre
for Evidence-Based Practice: A Joanna Briggs Institute
Centre of Excellence, Coimbra, Portugal.
Autor de correspondência
Marília Flora
E-mail: liaflora@gmail.com
Recebido: 23.11.2022
Aceite: 09.03.2023
Artigo de revisão
Mundialmente estima-se que mais de 1,1 milhões de
crianças e adolescentes vivam com Diabetes Mellitus Tipo 1
(T1D), a incidência tem vindo aumentar particularmente
em idades inferiores aos 15 anos, com um aumento da
prevalência na Europa e noutras regiões.1
Os adolescentes encontram-se numa fase crucial de
construção da sua autonomia, assumem progressivamente
maior responsabilidade na tomada de decisão,
autonomizando-se face à supervisão parental.2 Durante
este processo, a educação e a capacitação são elementos
essenciais para a promoção da autogestão.3 O objetivo
prioritário dos adolescentes com T1D é assumir a
responsabilidade pelos autocuidados e autogestão da
diabetes.4
A T1D é uma doença crónica causada por uma reação
autoimune na qual o sistema imunológico destrói as células
beta do pâncreas, impedindo a produção de insulina.5 O
tratamento da diabetes é exigente e complexo, requerendo
um controlo contínuo, feito mediante a gestão da tríade:
alimentação, exercício físico e insulinoterapia.6,7 No caso da
alimentação, é crucial a contagem de hidratos de carbono,
que incluem os amidos (hidratos de carbono complexos) e
os açúcares (hidratos de carbono simples como a glicose, a
frutose, a lactose, a sacarose e maltose), em equilíbrio com
a prática de atividade física e ajuste de insulina.6 Esta gestão
da alimentação e insulinoterapia torna-se ainda mais
rigorosa ao integrar a prática de exercício físico. Assim, a
gestão da T1D exige que se pense em todos os
comportamentos e tomada de decisão, que implicam uma
grande responsabilidade para o adolescente e sua família.8
A autogestão centra-se na autorregulação da doença
crónica e gestão de fatores de risco, nomeadamente:
definição de objetivos, automonitorização; pensamento
reflexivo; tomada de decisão; planeamento e participação
nos autocuidados, autoavaliação e gestão de respostas
físicas, emocionais e cognitivas associadas à mudança de
comportamento.9 A promoção de comportamentos de
autogestão está associada à promoção de autoeficácia,
conhecimento, funcionalidade e interações sociais, com
ganhos na melhoria do estado de saúde psicológico, gestão
eficaz dos sintomas, qualidade de vida e diminuição do
recurso aos serviços de urgência.10,11 Uma adequada
autogestão da doença permitirá melhorar os cuidados de
saúde, com consequente melhoria dos cuidados e gestão de
recursos12, prevenindo complicações micro e
macrovasculares.13,14
A autogestão da doença crónica é condição para o
indivíduo poder gerir os sintomas e o tratamento, com
repercussões na dimensão emocional e psicossocial, e
mudanças no estilo de vida inerentes à doença crónica.15
Kate Lorig 16 destaca três tarefas de autogestão (gestão da
terapêutica, de papéis e emocional), e várias competências
de autogestão (técnica de resolução de problemas, tomada
de decisão, recursos, formação, planeamento e mecanismos
de adaptação).
Para a gestão eficaz da T1D é essencial o planeamento e
organização de estratégias e objetivos bem definidos.9 A
gestão da diabetes inclui o conhecimento sobre a
fisiopatologia e reconhecimento de complicações micro e
40 | Flora, M.
macrovasculares: hipo e hiperglicemia, administração de
insulina, avaliação de glicemias e manutenção da saúde
(alimentação e prática de exercício físico).17
O processo que suporta a promoção da autogestão em
pessoas com doença crónica tem como aspeto central a
gestão da doença, o apoio ao indivíduo e às suas famílias.
Inclui um compromisso com os cuidados centrados na
pessoa.18 A implementação de programas promotores de
autogestão poderá ser um contributo importante na
promoção de comportamentos de autogestão.
A implementação de programas estruturados para a T1D
deverá integrar temas relacionados com a educação,
definição de metas e objetivos, inclusão social e de
autoeficácia associadas a medidas de controlo glicémico.10
Assim, é recomendável que os programas integrem: os
princípios psicoeducacionais, treino das rotinas diárias,
apoio contínuo na promoção da autogestão, envolvimento
dos pais, recurso a novas técnicas cognitivo-
comportamentais bem como a inclusão das novas
tecnologias como fonte de motivação para os
adolescentes.11
Compete às equipas de saúde em articulação em rede
multidisciplinar, e em particular aos enfermeiros, a
intervenção no âmbito da promoção da autogestão da T1D
nos adolescentes, contribuindo deste modo para uma
população mais saudável e competente na gestão da sua
doença. A intervenção destas equipas centra-se a nível do
indivíduo, da família, do grupo, e da comunidade, podendo
ocorrer em vários contextos: em consulta, no domicílio, na
comunidade, na escola ou ainda em ambientes informais
como os campos de férias.19
Foi feita uma pesquisa preliminar na MEDLINE
(PubMed), CINAHL (EBSCO), Cochrane Database of
Systematic Reviews e JBI Evidence Synthesis,
PROSPERO, e Open Science Framework (OSF), o
tendo sido encontradas revisões sistemáticas ou Scoping
(publicadas ou em desenvolvimento).
Foram definidas as seguintes questões de investigação:
- Quais as características das intervenções promotoras da
autogestão em adolescentes com T1D?
- Quais as funções dos profissionais responsáveis pela
implementação dessas intervenções?
- Quais os indicadores de mudança de comportamentos de
autogestão após as intervenções?
A presente revisão scoping tem como objetivo o
mapeamento de intervenções promotoras de autogestão
em adolescentes com T1D.
Método de Revisão
Esta revisão scoping segue as orientações do Joanna Briggs
Institute (JBI) guidelines para revisões scoping.20,21 O
protocolo de revisão foi registado no Open Science
Framework (OSF) (https://osf.io/z6wbj /acedido em 11 de
novembro de 2022).
Introdução
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DOI: 10.56732/pensarenf.v27i1.215
Artigo de revisão
Participantes
Esta scoping considerará estudos que integrem intervenções
para adolescentes com T1D e suas famílias, com idades
compreendidas entre os 10 e os 19 anos, que tenham
participado numa intervenção para a autogestão na
diabetes, implementada por profissionais de saúde.
Conceito
Para a revisão serão incluídos estudos que integrem
programas ou intervenções promotoras da autogestão em
adolescentes com T1D: gestão da terapêutica, de papéis e
emocional. Serão excluídos estudos que integrem
programas ou intervenções sem resultados.
Contexto
Serão integrados nesta revisão estudos que considerem
intervenções promotoras de autogestão em adolescentes
com T1D, implementadas em qualquer contexto de
intervenção. Foram integradas intervenções implementadas
via online e presencial (hospitalar ou ambulatório), campos
de férias ou contextos domiciliários.
Tipos de Fontes
A presente revisão visa o mapeamento de intervenções
promotoras da autogestão em adolescentes com T1D. Os
autores consideraram estudos experimentais e quasi-
experimentais, estudos randomizados controlados, estudos
não randomizados com avaliação antes e após a
intervenção. Serão incluídos estudos qualitativos com
abordagens fenomenológica, grounded theory, etnográfica,
descritivos e de investigação-ação. Serão ainda
consideradas revisões sistemáticas que respondam aos
critérios de inclusão.
Estratégia de Pesquisa
A estratégia de pesquisa visa a seleção de estudos
publicados ou não publicados. A estratégia de pesquisa foi
feita em três etapas. Iniciou-se por uma pesquisa inicial na
MEDLINE (via Pubmed) e CINAHL (Via EBSCO).
Foram utilizados conceitos apresentados nos títulos e
resumos dos artigos identificados, com recurso aos termos
de indexação “AND” e “OR” para o desenho da estratégia
de pesquisa. Na segunda etapa, a estratégia de pesquisa
incluiu as palavras-chave e termos indexados, ajustados de
acordo com cada base de dados (tabela 1). Por fim, foi feita
a análise das referências bibliográficas da lista de estudos
selecionados. Serão identificados estudos adicionais
publicados em Inglês, Português e Espanhol, entre 2009-
2021.
Serão feitas pesquisas nas bases de dados CINAHL Plus
with Full Text, PubMed, Cochrane Central Register of
Controlled Trials, LILACS, Scopus, Library, Information
Science & Technology Abstracts, PsycINFO, JBI Connect,
e Cochrane Database of Systematic Reviews. Foram ainda
incluídos estudos não publicados, com recurso à pesquisa
no RCAAP Repositório Científico de Acesso Aberto de
Portugal.
Tabela 1 Estratégia de pesquisa realizada em março de 2021
CINAHL complete Cochrane Central Register of Controlled Trials; Nursing & Allied Health Collection; Library, Information
Science & Technology Abstracts (via EBSCO)
Resultados
S6 TI ( adolescen* OR teen* OR youth* OR young* ) AND TI ( diabetes OR "diabetes mellitus, type 1" OR T1DM
OR "diabetes mellitus type 1" OR "DM1" OR "type 1 diabetes" ) AND TI ( manage* OR "self management" OR
"self care" OR “self-efficacy” OR “health and life quality” OR " quality of life" OR "glycaemic control" OR “glycemic
control” OR Glycosylated hemoglobin* OR hemoglobin A* ) AND AB ( intervention* OR program* OR strateg*
OR project* OR action* OR function* OR care* OR preparation OR education OR instruction* OR train* ).
Filtros: Boleano, Inglês, Português e Espanhol (2009-2021)
485
S5
TI ( adolescen* OR teen* OR youth* OR young* ) AND TI ( diabetes OR "diabetes mellitus, type 1" OR T1DM
OR "diabetes mellitus type 1" OR "DM1" OR "type 1 diabetes" ) AND TI ( manage* OR "self management" OR
"self care" OR “self-efficacy” OR “health and life quality” OR " quality of life" OR "glycaemic control" OR “glycemic
control” OR Glycosylated hemoglobin* OR hemoglobin A* ) AND AB ( intervention* OR program* OR strateg*
OR project* OR action* OR function* OR care* OR preparation OR education OR instruction* OR train* ).
Filters: Boleano (2009-2021)
974
S4 TI ( adolescen* OR teen* OR youth* OR young* ) AND TI (diabetes OR "diabetes mellitus, type 1" OR T1DM OR
"diabetes mellitus type 1" OR "DM1" OR "type 1 diabetes" ) AND TI ( manage* OR "self management" OR "self
care" OR “self-efficacy” OR “health and life quality” OR " quality of life" OR "glycaemic control" OR “glycemic
control” OR Glycosylated hemoglobin* OR hemoglobin A* ) AND AB ( intervention* OR program* OR strateg*
OR project* OR action* OR function* OR care* OR preparation OR education OR instruction* OR train* )
1,280
S3 TI (adolescen* OR teen* OR youth* OR young*) AND TI (diabetes OR "diabetes mellitus, type 1" OR T1DM OR
"diabetes mellitus type 1" OR "DM1" OR "type 1 diabetes") AND TI (manage* OR "self management" OR "self
care" OR “self-efficacy” OR “health and life quality” OR " quality of life" OR "glycaemic control" OR “glycemic
control” OR Glycosylated hemoglobin* OR hemoglobin A*)
2,245
S2 TI (adolescen* OR teen* OR youth* OR young*) AND TI (diabetes OR "diabetes mellitus, type 1" OR T1DM OR
"diabetes mellitus type 1" OR "DM1" OR "type 1 diabetes")
15,567
S1 TI adolescen* OR teen* OR youth* OR young* 640,993
Pubmed
adolescent [MeSH Terms] AND diabetes mellitus, type 1 [MeSH Terms] AND ("self-management" [MeSH Terms]
OR self-care [MeSH Terms] OR quality of life [MeSH Terms] OR "glycated hemoglobin a" [MeSH Terms]) AND
(Program Evaluation [MeSH Terms] OR "health promotion" [MeSH Terms]).
Filtros: Inglês (2009-2021)
59
Medline complete (via EBSCO)
Critérios de elegibilidade
42 | Flora, M.
Artigo de revisão
27
Seleção dos Estudos
Os resultados de pesquisa serão exportados para o gestor de
referências Mendeley, onde serão removidos os duplicados.
Dois revisores farão de forma independente a análise de
título e resumo, aplicando os critérios de inclusão. Os
artigos potencialmente relevantes serão integrados para o
total. Posteriormente os revisores farão a leitura integral dos
artigos e analisarão os que cumprem os critérios de inclusão.
Serão apresentados os motivos de exclusão na scoping review.
Qualquer desacordo existente será solucionado pela
intervenção de um terceiro revisor.
Os resultados da análise dos artigos serão reportados na
revisão scoping com recurso ao Preferred Reporting Items
for Systematic Reviews and Meta-analyses extension for
scoping review (PRISMA-ScR).20
Tabela 2 - Instrumentos de Extração de Dados
Extração de Dados
Dois revisores irão analisar os estudos de forma
independente, extraindo dados qualitativos e quantitativos
para uma tabela de extração de dados desenvolvida para o
efeito, de acordo com as orientações da JBI para scoping
reviews.22 Os dados extraídos incluirão informação referente
aos participantes, conceito, contexto, metodologia e
principais resultados que respondam às questões de
investigação. Para o efeito, será utilizada uma tabela de
extração de dados (tabela 2). A tabela de extração de dados
será revista e modificada face às necessidades identificadas
nos artigos incluídos. As possíveis alterações serão
justificadas na scoping review. Se se verificar algum desacordo,
será solicitada a opinião de um terceiro revisor. Sempre que
se justificar, os revisores contactarão os autores dos estudos
para clarificação de informação.
Elementos Principais
Extração de dados
Descrição de Dados
Identificação
do Estudo
Referência; Autores; Ano; Título; Revista; nº de Volume
Tipo de estudo
1. Estudo primário
2. Revisões sistemáticas
Critérios de Inclusão
e Exclusão
P Adolescentes com T1D
C - Programas e/ou intervenções promotoras da autogestão em
adolescentes com T1D. Excluídos programas que não
apresentem resultados.
C Intervenções via online ou presencial (hospital ou
ambulatório), campos de férias ou contexto domiciliário.
1. Sim
2. Não
Características
da População
Quem são os participantes das intervenções?
Quem são os profissionais de saúde que implementam as
intervenções?
1. Adolescentes
2. Adolescentes e pais /
família
1. Médicos
2. Enfermeiros
3. Psicólogos
4. Psicoterapeutas
5. Nutricionistas
6. Equipa Multidisciplinar
7. Outros, especificar
Características
das intervenções
Qual a tipologia de intervenção implementada?
Características gerais das intervenções
1. Educativa
2. Psicossocial
3. De Suporte
4. Comunicacional
5. Outros, especificar
1. Conteúdos
2. Em grupo
3. Individualmente
4. Duração da Sessões
Características
do Contexto
Qual o contexto de implementação da intervenção?
6. Contexto de
implementação (Hospitalar
ou ambulatório)
7. Cuidados domiciliários
8. Online
9. Outros, especificar
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DOI: 10.56732/pensarenf.v27i1.215
Artigo de revisão
Resultados
Quais os indicadores de mudança de comportamentos de
autogestão após as intervenções?
1. Autogestão
(Complicações agudas e crónicas
da doença: hipo e hiperglicemia,
administração de insulina,
avaliação de glicemia capilar,
manutenção da saúde;
alimentação e exercício físico).
2. Autoeficácia
3. Conhecimento
4. Qualidade de Vida
5. Autocuidado
6. Hemoglobina glicada
Resultados
Análise e Apresentação dos Resultados
Os resultados serão apresentados numa tabela,
considerando as questões de investigação (tabela 3). A tabela
será complementada com uma descrição narrativa dos
resultados, relacionando-os com as questões de investigação
previamente estabelecidas. Apresentaremos o
conhecimento existente sobre o tema em estudo, lacunas na
literatura, bem como possíveis implicações para a saúde e
para a investigação.
Tabela 3 - Instrumento para extração de dados: resultados extraídos
Questões de Revisão
Estudo 1
Estudo 2
Estudo 3
...
a) Quais as características das intervenções promotoras da autogestão em
adolescentes com T1D?
b) Quais as funções dos profissionais responsáveis pela implementação dessas
intervenções?
c) Quais os indicadores de mudança de comportamentos de autogestão após as
intervenções?
Discussão
O mapeamento das intervenções implementadas para
adolescentes com T1D poderá constituir uma importante
ferramenta para a construção de uma intervenção
estruturada com foco na promoção da autogestão da
diabetes, contribuindo deste modo para a construção e
disseminação de conhecimento a este nível. A scoping review
irá considerar estudos em Inglês, Português e Espanhol,
elementos que poderão ser uma limitação do estudo. No
sentido de minimizar este efeito, caso surjam artigos
considerados relevantes, noutros idiomas, recorremos a
ferramentas que permitirão a tradução e integração dos
artigos no corpus documental.
Conclusões
A literatura aponta para o desenvolvimento de intervenções
promotoras da autogestão em adolescentes com T1D, em
diferentes contextos de intervenção, focados no
desenvolvimento de autonomia, qualidade de vida e
redução das complicações da T1D. Espera-se que a scoping
review que resultará deste protocolo, possa aprofundar o
conhecimento deste tema, podendo servir como base para
o desenvolvimento de intervenções de enfermagem
promotoras da autogestão em adolescentes com T1D.
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Artigo de revisão
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