| 162
Pensar Enfermagem / v.27 n.01 / dezembro 2023
DOI: 10.56732/pensarenf.v27i1.268
Artigo Original Qualitativo)
Como citar este artigo: de Souza JB, Beckert RAT, Pilger KCP, Mafra SK, Rosario E, Ost KM, Moura V.
Vivências do processo de hospitalização: perspectiva de pessoas internadas na clínica dica. Pensar Enf
[Internet]. 2023 Dez; 27(1):162-169. Available from: https://doi.org/10.56732/pensarenf.v27i1.268
Vivências do processo de hospitalizão: perspectiva
de pessoas internadas na clínica médica
Experiences of the hospitalization process:
perspective of people admitted to the medical clinic
Resumo
Introdução
Observa-se na atualidade uma população que não dedica tempo para cuidar de sua saúde
devido a acelerada rotina que dispõem, consequentemente tornam-se suscetíveis a vivenciar
o processo de hospitalização, onde abdicam de sua autonomia e se deparam com inúmeras
reações e sentimentos, necessitando assim de um olhar individual e humanizado a fim de
uma recuperação rápida e efetiva.
Objetivo
Compreender como é a vivência do processo de hospitalização, na perspectiva das pessoas
internadas na clínica médica.
Métodos
Trata-se de um estudo de caráter exploratório, com abordagem qualitativa, que integra dados
parciais de um projeto de pesquisa matricial, fundamentado nos pressupostos teóricos da
Promoção da Saúde. O manuscrito foi organizado conforme os critérios consolidados para
relatar pesquisa qualitativa (COREQ). Foi desenvolvido com 15 pessoas internadas no setor
da clínica médica, de um hospital público da região Sul do Brasil. A coleta de dados foi
desenvolvida pelos próprios autores por meio de um questionário semiestruturado, entre
setembro e outubro de 2021. Para a organização e interpretação dos dados, utilizou-se a
análise de conteúdo na modalidade temática.
Resultados
Despontaram duas categorias: a primeira destacou as experiências vivenciadas no processo
de hospitalização, embora alguns participantes se sintam seguros e amparados pela equipe
multiprofissional, outros referem-se ao ambiente hospitalar como um local que remete a dor
e sofrimento. A segunda categoria ressaltou o sentimento de saudade durante a
hospitalização, como da convivência com os familiares, amigos, atividades de lazer e das
rotinas diárias.
Conclusão
A vivência do processo de hospitalização desencadeia segurança, fragilidade e saudade.
Nota-se a importância de ter profissionais qualificados para proporcionar momentos de
cuidados efetivos e humanizados no ambiente hospitalar.
Palavras-chave
Hospitalização; Humanização da Assistência; Promoção da Saúde; Enfermagem.
Abstract
Introduction
Nowadays, there is a population that doesn't take the time to look after their health due to
their fast-paced routine. Consequently, they become susceptible to experiencing the process
of hospitalization, where they give up their autonomy and are faced with countless reactions
and feelings, thus needing an individual and humanized approach in order to recover
quickly and effectively.
Jeane Barros de Souza1 (In Memoriam)
https://orcid.org/0000-0002-0512-9765
Richard Augusto Thomann Beckert2
https://orcid.org/0000-0002-3788-0991
Kelly Cristina de Prado Pilger3
https://orcid.org/0000-0002-5670-7799
Samantha Karoline Mafra4
https://orcid.org/0000-0002-3305-6516
Evelyn do Rosario5
https://orcid.org/0009-0003-2644-7476
Kasey Martins Ost6
https://orcid.org/0009-0007-5060-5728
Vitória de Moura7
https://orcid.org/0009-0008-2862-5340
1Pós-doutorado em Enfermagem, Universidade
Federal da Fronteira Sul, Chapecó/SC, Brasil.
2 Acadêmico do Curso de Graduação em Enfermagem,
Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó/SC,
Brasil.
3 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem,
Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó/SC,
Brasil.
4 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem,
Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó/SC,
Brasil.
5 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem,
Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó/SC,
Brasil.
6 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem,
Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó/SC,
Brasil.
7 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem,
Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó/SC,
Brasil.
Autor de correspondência
Vitória de Moura
E-mail: vitoriamoura16.rb@gmail.com
Recebido: 19.03.2023
Aceite: 05.10.2023
Pensar Enfermagem / v.27 n.01 / dezembro 2023 | 163
DOI: 10.56732/pensarenf.v27i1.268
Artigo Original Qualitativo
Objective
To understand what the hospitalization process is like from
the perspective of people admitted to the medical clinic.
Methods
This is an exploratory study, with a qualitative approach,
which integrates partial data from a matrix research project,
based on the theoretical assumptions of Health Promotion.
The manuscript was organized according to the
consolidated criteria for reporting qualitative research
(COREQ). It was carried out with 15 people admitted to the
medical clinic sector of a public hospital in southern Brazil.
Data collection was carried out by the authors themselves
using a semi-structured questionnaire, between September
and October 2021. Thematic content analysis was used to
organize and interpret the data.
Results
Two categories emerged: the first highlighted the
experiences of the hospitalization process, although some
participants feel safe and supported by the multi-
professional team, others refer to the hospital environment
as a place that is reminiscent of pain and suffering. The
second category highlighted the feeling of homesickness
during hospitalization, such as for spending time with
family, friends, leisure activities and daily routines.
Conclusion
Experiencing the process of hospitalization triggers security,
fragility and longing. It is important to have qualified
professionals to provide effective and humanized care in the
hospital environment.
Keywords
Hospitalization; Humanization of Care; Health Promotion;
Nursing.
Introdução
Nos dias atuais observa-se na população a necessidade de
soluções rápidas e eficazes, com o intuito de economizar
tempo e realizar inúmeras tarefas. Para isso, são adotadas
diferentes práticas, muitas vezes inadequadas como o
consumo de alimentos ultraprocessados e a automedicação
para amenizar algumas circunstâncias. Tais práticas
aparentam ser soluções eficazes em um primeiro momento.
Isso reflete em inúmeros prejuízos a longo prazo como, por
exemplo, o acentuado aumento de doenças crônicas, que
por sua vez apresenta-se alarmante na sociedade.1 Nesse
sentido, percebe-se que devido à acelerada rotina, muitos
indivíduos não dispõem de tempo para desfrutar de lazer e
tampouco para cuidar e promover a saúde. Por causa disso,
não refletem sobre os prazeres do dia a dia, como a
liberdade, a autonomia e o bem-estar, tornando o cotidiano
ainda mais cansativo e desmotivador,2 se submetendo ao
risco de adoecimento e ocasionalmente à necessidade de
internamento hospitalar.3
O processo de hospitalização pode constituir uma ameaça
à autonomia e aos papéis sociais desempenhados
previamente ao internamento, pois o indivíduo deixa de ser
ativo e passa a ser paciente, abdicando de sua
independência, de sua privacidade e da interação com seu
grupo de apoio.4 Essas circunstâncias podem provocar
reações e sentimentos, visto a singularidade de cada pessoa,
contudo alguns sentimentos se repetem, tais como a
saudade de casa e de seus familiares, além da possibilidade
de perceber o ambiente hospitalar como um
lugar desagradável. Por outro lado, estar presente em um
ambiente que remete a dor, sofrimento e medo tende a
provocar a valorização do que era vivenciado
anteriormente. Sendo assim, o indivíduo, vulnerável nessa
situação, requer um olhar holístico, humanizado e
multiprofissional para que alcance recuperação rápida e
satisfatória.5
Nesse sentido, a humanização surge como uma forma de
preservar os direitos básicos da pessoa internada,
reforçando a necessidade de tratamento digno e respeitoso,
preservando seu protagonismo e sua autonomia. A
humanização, na área da saúde, teve grande enfoque nos
últimos anos, visto a necessidade dessa prática em todos os
procedimentos e protocolos. Em razão disso, em 2003, o
Ministério da Saúde brasileiro publicou a Política Nacional
de Humanização (PNH) com o objetivo de aplicar os
princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) na rotina dos
serviços de saúde. Ademais, é importante frisar que a PNH
é aplicável em todos os setores independentemente do grau
de complexidade, pois se baseia na qualificação da
assistência.6
Assim, para garantir a humanização, é necessário atender o
paciente com uma equipe multidisciplinar, formada por
profissionais de diferentes áreas como, por exemplo,
enfermeiro, médico, fisioterapeuta, nutricionista,
fonoaudiólogo, entre outros. O trabalho em equipe nos
serviços de saúde é essencial para garantir uma assistência
mais eficaz e com mais qualidade, em qualquer setor de
atenção à saúde, essencialmente na clínica médica, espaço
em que pacientes são internados com diagnósticos variados
e por vezes impactantes, que demandam procedimentos e
tratamentos mais complexos.7
Ressalta-se que o trabalho em equipe multidisciplinar pode
contribuir para melhorar a empatia entre os profissionais,
tornando-os mais eficientes e afetuosos na assistência à
saúde ao indivíduo internado e a seu familiar. Contudo, é
imprescindível que o trabalho conjunto seja realizado por
todos e não somente por alguns dos profissionais que
trabalham em certa unidade de internamento ou setor.8
Além disso, o enfermeiro é indispensável durante o
processo de hospitalização, pois este profissional
acompanha o paciente desde o internamento até a alta, além
164 | Moura, V.
Artigo Original Qualitativo
de ser responsável pela gestão da equipe de enfermagem, a
qual desenvolverá todos os cuidados e procedimentos
necessários na assistência à saúde do indivíduo, provendo-
lhe conforto e contribuindo decisivamente para sua
recuperação. Também deve atentar-se para cada paciente
de modo integral e holístico, avaliando constantemente o
ambiente e o indivíduo, não somente em aspectos físicos,
mas também psicológicos, emocionais, sociais, culturais e
espirituais, garantindo maior bem-estar e qualidade no
atendimento em saúde.9-10
Além disso, em consonância com o cuidado humanizado,
o princípio da integralidade que, junto com outros,
fundamenta o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil é
valorizado na PNH e foi ainda reforçado na Política
Nacional de Promoção da Saúde (PNPS). Na PNPS,
integralidade é definida como a articulação e sintonia entre
os serviços de saúde, como também a ampliação da escuta
dos trabalhadores e serviços de saúde frente aos pacientes,
considerados cidadãos universais merecedores de uma
assistência sem preconceitos ou privilégios, nas esferas de
promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde.11
Nesse contexto, os Determinantes Sociais de Saúde são
essenciais na assistência, por considerarem esferas da vida
do indivíduo que se expandem para além da doença e do
corpo biológico como, por exemplo, o trabalho, o ambiente
em que a pessoa vive, questões sociais, culturais,
econômicas, étnicas, comportamentais entre outras.12
Promoção da Saúde, aspecto essencial do SUS e pano de
fundo das Políticas citadas, pode ser vista como uma
estratégia promissora para produzir saúde e enfrentar
impasses relacionados a ela. Tal expressão foi mais
enfatizada na Carta de Ottawa, documento fruto da I
Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, que
a definiu como um processo de capacitação de
indivíduos/comunidade/coletividade em prol de maior
controle e autonomia no processo, com uso de recursos
pessoais e sociais, em busca de melhorias na qualidade de
vida e saúde.13-14
A Carta pautou cinco campos de ação que dizem respeito a
políticas públicas saudáveis, a ambientes favoráveis à saúde,
a ação comunitária, a autonomia e desenvolvimento de
habilidades pessoais e a reorientação dos serviços de saúde
à luz da Promoção da Saúde. O documento pontua a
importância da construção coletiva da saúde, do
autocuidado e do zelo pelo próximo, indicando que isso,
além do holismo, que se relaciona à integralidade, e a
ecologia são indispensáveis para desenvolvimento e
implementação de estratégias de Promoção da Saúde.13-14
O documento também pauta compromissos para os países
participantes, em busca da efetivação da Promoção da
Saúde. No Brasil, a PNPS evidencia os cinco eixos
originados da Carta e busca alcançar estes compromissos
que se relacionam com o desenvolvimento de políticas
públicas, a equidade, valorização do indivíduo/comunidade
em seu processo de saúde-doença, a reorganização dos
serviços de saúde para a realização da Promoção da Saúde,
entre outros.13,15
A partir do exposto, emergiu a seguinte questão de
pesquisa: Como é a vivência do processo de hospitalização,
na perspectiva das pessoas internadas na clínica dica?
Acredita-se que ao dar luz às demandas de quem vivencia
o internamento, é possível refletir e implementar estratégias
para qualificar a assistência à saúde no processo de
hospitalização. Além disso, devido à diversidade do público
atendido na rede hospitalar, tanto em termos etários quanto
culturais, é importante perceber os fatores implicados na
recuperação durante esse processo, a fim de tornar o
ambiente hospitalar mais acolhedor e agradável. Logo, o
objetivo do estudo foi compreender como é a vivência do
processo de hospitalização, na perspectiva de pessoas
internadas na clínica médica.
Métodos
Trata-se de um estudo de caráter exploratório, com
abordagem qualitativa, fundamentado nos pressupostos
teóricos da Promoção da Saúde. O manuscrito foi
organizado conforme os critérios consolidados para relatar
pesquisa qualitativa (COREQ).
A pesquisa ocorreu em um hospital público de referência
do Oeste de Santa Catarina, Brasil. Dela participaram 15
pessoas internadas no setor da clínica médica, selecionadas
por conveniência, dentre aqueles que atendiam aos critérios
de inclusão: idade superior a 18 anos e estar hospitalizado
no setor da clínica médica no momento da coleta. Como
critério de exclusão considerou-se: não possuir aptidão
física e comunicativa para responder às perguntas da
entrevista. Os participantes foram selecionados de modo
intencional e todos os convidados aceitaram integrar o
estudo, não havendo recusas.
A coleta de dados foi feita através de entrevistas
semiestruturadas desenvolvidas pelos autores no próprio
quarto de cada participante, entre os meses de setembro e
outubro de 2021. Cada uma teve duração média de
quarenta minutos e foi conduzida por roteiro que incluía
perguntas sobre a vivência do processo de hospitalização e
os sentimentos despertados durante o internamento. Todas
foram gravadas com a devida autorização dos participantes
e, sequencialmente, transcritas em arquivo digital.
Para a organização e interpretação dos dados recorreu-se à
análise de conteúdo na modalidade temática, cujo objetivo
é encontrar o significado central que constitui a
comunicação, buscando preservar mais a maneira
interpretativa do que a interferência estatística. Na pré-
análise, foi realizada leitura flutuante dos dados transcritos
com a intenção de organizar o conteúdo e definir as
unidades de registo. Na segunda etapa, de exploração do
material, os dados foram codificados, a fim de alcançar o
cerne de compreensão do texto. Na terceira etapa os dados
foram categorizados e sub-categorizados, por meio da
classificação e interpretação.16 Da análise emergiram duas
Pensar Enfermagem / v.27 n.01 / dezembro 2023 | 165
DOI: 10.56732/pensarenf.v27i1.268
Artigo Original Qualitativo
categorias: 1) Vivenciando a hospitalização; 2) Saudades
despertadas no processo de hospitalização, que serão
discutidas em sequência.
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
de uma universidade pública de Santa Catarina, sob parecer
4.960.473/2021, em 09 de setembro de 2021. Salienta-
se que antes da coleta de dados, todos os participantes
leram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE). Para garantir o anonimato, os
entrevistados foram denominados conforme as
necessidades humanas básicas, à vista do conteúdo dos
depoimentos. Assim, utilizou-se os seguintes codinomes:
Alimento, Moradia, Repouso, Família, Amizade, Trabalho,
Autoestima, Roupa, Saúde, Hidratação, Exercício,
Segurança, Espiritualidade, Sono, Resiliência.
Resultados
Os integrantes da pesquisa tinham idade entre 39 e 82 anos,
sendo quatro do sexo feminino e 11 do sexo masculino. O
período do internamento, no momento da entrevista,
variava entre dois e 30 dias. Na primeira categoria, os
entrevistados relataram que durante a hospitalização
receberam um atendimento adequado, sendo bem
cuidados. Além disso, mencionaram que quando estavam
em casa vivenciavam o sentimento de morte e ao
receberem o atendimento hospitalar, perceberam melhora
no seu quadro, o que os deixou tranquilos.
“Pra mim é bom estar no hospital. Estão me tratando bem
e eu melhorei já [...] (Alimento)
"Agora eu estou bem, estou me sentindo melhor aqui. Até,
por sinal, o médico falou que vou só amanhã pra casa e eu
fiquei tranquila" (Moradia)
“Como eu estava em casa [...] eu achava que ia morrer [...]
Estando aqui no hospital, eu recebi todo atendimento e
estou bem [...]” (Repouso)
Os participantes também abordaram sobre a administração
de medicamentos para alívio da dor e o trabalho
multiprofissional para o bem-estar físico no atendimento
hospitalar.
“...As medicações estão sendo dadas bem certinho, me
sentindo bem.” (Amizade)
"É bom porque você não sente dor, está sendo cuidada do
melhor jeito possível...” (Família).
"[...] Vem o pessoal para divertimento, tem as
fisioterapeutas, tem as fonoaudiólogas, tem todo o pessoal
aqui, a equipe de farmacêuticos, as enfermeiras muito boas,
atendimento muito bom delas [...] deu para ver nesses seis
dias aqui , como é tratar o paciente bem [...]” (Trabalho)
Por outro lado, evidenciaram não gostar do espaço
hospitalar, por representar um ambiente que se frequenta
quando da ocorrência de doença, em estado mais grave de
saúde, o que os leva a relacionar a hospitalização a algo
desagradável e a um período cansativo.
“É ruim porque a gente fica aqui direto, o tempo inteiro
deitada." (Família)
“Eu não gosto de estar no hospital porque quem vem pra
cá é porque tá mal, tá doente, aí é ruim” (Autoestima)
"Ah é cansativo [...]" (Roupa)
Na segunda categoria, saudades despertadas no processo
de hospitalização, os entrevistados referiram sentir falta do
aconchego e da rotina de suas vidas em suas casas, além da
liberdade vivenciada em seus domicílios, uma vez que o
ambiente hospitalar apresenta diversas restrições.
“Eu sinto falta de tudo: da minha cama, da comida. Aqui é
tudo diferente. Em casa a gente se sente mais à vontade.”
(Amizade)
“Ah, eu gosto de ficar em casa, caminhar, receber as visitas
e agora eu não tenho nada aqui no hospital” (Saúde)
“Ah, a gente sente falta de casa, claro, porque é mais livre,
não tem restrição. Aqui é tudo regrado e se você não
cumprir as ordens, não sara.” (Alimento)
A hospitalização fez com que os participantes sentissem
falta de estar com suas famílias para conversar, cuidar dos
familiares e -los por perto, o que revelou preocupação
com eles:
“O marido [ficou sozinho] estou muito preocupada com
ele” (Hidratação)
"Sinto falta de cuidar das minhas netas [...], saudades da
filha. [...] " (Moradia)
"Saudade das minhas filhas e da minha mãe." (Roupa)
Ademais, os entrevistados mencionaram sentimentos de
saudade relacionados ao contato com os vizinhos, amigos
e colegas, além das atividades laborais que realizavam
anteriormente ao período do internamento:
"[Sinto falta] dos meus vizinhos porque a gente se visitava
[uns aos outros]. Eu sempre tirava um tempinho para todo
mundo, para ajudar as pessoas também e hoje eu tô aqui já
faz quase 30 dias.” (Família)
"Bater um papo lá com os colegas, faz falta" (Exercício)
“Trabalhar, com certeza, sinto muita falta [...]" (Família)
Além disso, os participantes afirmaram sentir falta dos
momentos de lazer que integravam seus cotidianos, nos
quais reservavam tempo para promover o autocuidado,
divertir-se, ir ao culto na igreja e viver a liberdade da vida.
"De ir pro salão [de beleza], me arrumar" (Segurança)
"Ah de estar livre, do chimarrão. Faz muita falta
[...]"(Exercício)
“Eu queria estar tomando uma cerveja [...] e fazendo uma
cantoria [...]. Isso que a gente fazia né?”(Repouso)
“[...] não dá para ir no culto” (Saúde)
Percebeu-se, nos depoimentos dos entrevistados, a
privação de vários aspectos importantes de suas vidas em
consequência do período de hospitalização, visto que
desvelam saudades de suas rotinas, ambientes que
frequentavam, dos seus familiares, amigos e de suas
atividades de lazer. Ficou evidente que o ambiente
hospitalar é percebido como local que remete à dor e ao
sofrimento, bem como espaço que proporciona segurança
166 | Moura, V.
Artigo Original Qualitativo
e amparo em razão das rotinas de cuidados desenvolvidas
pelos profissionais.
Discussão
O ambiente hospitalar é complexo e requer conhecimento
e eficiência por parte dos profissionais, para uma assistência
de qualidade. Nesse sentido, como referido nos resultados,
quando se pontua o bom atendimento e a administração
adequada de medicação, a segurança no ambiente
hospitalar é imprescindível e resulta na redução de danos
associados ao atendimento em saúde a um mínimo aceitável
para a instituição, levando em conta a infraestrutura, o
conhecimento dos profissionais e os recursos materiais do
serviço de saúde em questão.17
O manejo de medicamentos é essencial nesse ambiente e
requer responsabilidade profissional, que tem como dever
sanar dúvidas e tratar individualmente cada necessidade, a
fim de proporcionar conforto e bem-estar. Sabe-se que o
uso de medicamentos não se resume apenas a uma prática
terapêutica, baseada no modelo biomédico. Quando
utilizados de forma correta e racional, tornam-se
importantes mecanismos de prevenção, manutenção e
recuperação da saúde, reduzindo sintomas e
proporcionando bem-estar físico e mental.18
Outro ponto importante no processo de hospitalização é
promover um ambiente apropriado e humanístico, levando
em consideração a estrutura física de uma edificação,
decorrente de um projeto arquitetônico que busque
critérios para proporcionar a satisfação e o conforto do
paciente por meio de organização e métodos que facilitam
sua estadia e inserção no hospital. O projeto arquitetônico
tem como finalidade harmonizar e buscar atender as
diferentes realidades do cenário hospitalar, promovendo
bem-estar e criando espaços que sejam apoio físico e
psicológico aos pacientes, pois o ambiente é fundamental
para a qualidade do atendimento.19
Além disso, os ambientes hospitalares podem proporcionar
estresse e tensão. E por vezes, estruturas físicas não trazem
o conforto da sensibilidade humana, a atenção e o cuidado,
mesmo sendo um ponto importante na recuperação dos
pacientes. A humanização do ambiente é algo relevante,
que deve ser exercitado na formação dos profissionais, para
que quando se inserirem no âmbito hospitalar, saibam
como desenvolver estratégias para atender e compreender
as individualidades de cada ser, de forma integral e
humanizada, tornando cada setor o mais acolhedor e
agradável possível tanto para pacientes, quanto para seus
familiares e colegas de trabalho.20
Ademais, para uma atenção efetiva à saúde, é indispensável
a qualificação profissional e o trabalho multiprofissional.21
Ambos garantem maior resolutividade, menor tempo e
menos gastos em saúde e possibilitam alcançar o cuidado
integral e humanizado.9 Como ferramenta para garantir a
qualificação profissional, cita-se a educação continuada,
que consiste na especialização e continuidade do
aperfeiçoamento profissional e, ainda, a educação
permanente, referente às demandas dos processos de
trabalho, em busca de uma assistência à saúde mais
qualificada.22 Para incentivar a multiprofissionalidade
existem as residências nesta área, as quais unem
conhecimentos teórico-práticos com o trabalho em equipe
e uma inserção intensa nos serviços de saúde.23
Outro fator importante que os profissionais que atuam no
ambiente hospitalar precisam ficar atentos é que, na
vivência do internamento, a saudade é comumente sentida
pelos pacientes, seja do trabalho, de atividades habituais
como forma de ocupar o tempo e garantir aporte
financeiro, de amigos e familiares, de reunir-se para
conversar como um momento de lazer e distração. Além
disso, a saudade de frequentar centros religiosos,
participando de cultos, fortalecendo a espiritualidade.
Assim, a saudade revela a falta sentida do que era vivido
antes da hospitalização.
Compreende-se a saudade como um sentimento humano
de difícil definição e que pode simbolizar a vivência de dor
ou de alegria e está relacionada à privação ou distância do
objeto ou pessoa querida.24 Dentro do ambiente hospitalar,
o sentimento é corriqueiro e pode ser avaliado a fim
certificar qual a sua influência no tratamento e recuperação
do paciente.4,25
Essas atividades da vida que geram saudades, quando
restringidas, podem impactar de forma significativa no
bem-estar dos indivíduos hospitalizados, uma vez que
trazem à tona sentimentos de impotência pela perda do
controle do próprio corpo, além da impossibilidade de
exercer atividades diárias, assim como sentimentos de
angústia e ansiedade, ocasionadas pela quebra de rotina,
momentos de lazer e contato com a família, tão importantes
para a qualidade de vida.26
A saudade se estabelece também devido ao próprio cenário
hospitalar, que geralmente remete a dor, sofrimento e
tristeza, além da necessidade de submeter-se a
procedimentos invasivos, à perda da privacidade e da
autonomia. Portanto, é fundamental que cada paciente seja
visto de forma única e com olhar integral, levando em
consideração cada fala, queixa ou sentimento, em busca de
uma recuperação eficaz e saudável. Além disso, ao dialogar
com os pacientes, atentando-se para suas queixas, é possível
qualificar o serviço, tendo em vista que eles usufruem dos
cuidados diários, ou seja, são as pessoas mais habilitadas
para sugerir mudanças.4,25
Para tanto, o profissional da saúde, especialmente da
enfermagem, tem um papel importante na garantia de uma
assistência humanizada, que traga sensação de segurança e
conforto no ambiente hospitalar.27 Além da segurança na
administração de medicamentos, cuidado na ambiência da
unidade de internamento e da atuação multiprofissional, a
comunicação com os pacientes torna o espaço mais
aconchegante, como citado pelos entrevistados. A
comunicação possibilita momentos de troca de saberes e
sentimentos, fortalecendo a relação e o vínculo entre o
Pensar Enfermagem / v.27 n.01 / dezembro 2023 | 167
DOI: 10.56732/pensarenf.v27i1.268
Artigo Original Qualitativo
profissional e o paciente. Também é importante que este
vínculo seja também estabelecido com os familiares
durante o período de internamento, pois eles são
importante auxílio para o aumento da confiança e da
segurança do paciente nesse processo.28
O diálogo com o paciente internado favorece a escolha de
condutas mais adequadas para seu estado de saúde,
contribuindo para a redução do tempo de internamento,
bem como de dores e de riscos ao seu bem-estar.28 Essas
condutas podem tornar o ambiente hospitalar mais
humanizado, permitindo experiências menos
desconfortáveis, tanto para os pacientes quanto para os
familiares que também vivenciam este período. Desse
modo, é fundamental que os profissionais estejam aptos a
desenvolver uma assistência, buscando aprimorar cada vez
mais a comunicação durante o processo de trabalho,
refletindo em uma assistência segura e de qualidade.27
Conclusão
Mediante o exposto, é possível compreender como ocorre
o processo de hospitalização, na perspectiva dos pacientes
internados na clínica dica, os quais vivenciam momentos
de satisfação e segurança ao sentirem-se cuidados.
Portanto, o bom atendimento e o ambiente acolhedor
refletem diretamente em seu bem-estar, trazendo conforto,
esperança e favorecendo de maneira significativa a sua
recuperação.
Por outro lado, se sentem fragilizados, principalmente por
enfrentarem mudanças repentinas em sua rotina e por
estarem privados de realizar suas atividades cotidianas,
passando a depender da ajuda e dos cuidados da equipe
multiprofissional e de outras pessoas. Tal situação es
relacionada à percepção do hospital como local de
sofrimento, angústia, restrições e saudade dos familiares, de
sua casa, do seu trabalho, dos seus amigos e das atividades
de lazer.
Desta forma, torna-se perceptível a grande importância do
trabalho multiprofissional desempenhado por profissionais
alinhados com os propósitos da integralidade da assistência
e dispostos a inserir novas estratégias de cuidado no
ambiente hospitalar. Essa postura é essencial para
promover atendimento humanizado, qualificado e
eficiente, considerando as necessidades e individualidades
de cada ser, voltando-se para todos os aspectos da vida do
paciente e não somente à doença responsável pela
hospitalização. Esses aspectos ampliarão as possibilidades
de recuperação efetiva e tornarão o período de
hospitalização mais ameno para o paciente e seu familiar.
Dentre as limitações do estudo, destaca-se a abordagem de
pessoas hospitalizadas na clínica médica do hospital, com a
maioria delas vivendo com condições crônicas de saúde.
Essa opção de pesquisa excluiu outras unidades de
internamento, a exemplo da clínica cirúrgica, local que
recebe muitas pessoas em condições agudas de saúde que
demandam outras intervenções. Como contribuição, o
estudo demonstra um pouco do que sentem as pessoas
hospitalizadas em relação à sua própria condição, à
permanência no hospital e à equipe multiprofissional, o que
possibilita o vislumbre de possibilidades para a promoção
da saúde em situações como a aqui apresentada, além de
contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva
holística na assistência à saúde, que busca visualizar
questões e necessidades mais peculiares e individuais dos
pacientes. Ressalta a importância da ambiência nos
hospitais, além de contribuir para a discussão do trabalho
multiprofissional em saúde e da integralidade da assistência,
todos aspectos importantes da PNH e da PNPS.
Contribuições autorais
JBS: Conceção e desenho do estudo; elaboração do
manuscrito; revisão crítica do manuscrito.
RATB: Conceção e desenho do estudo; análise e
interpretação dos dados; elaboração do manuscrito; revisão
crítica do manuscrito.
KCPP: Conceção e desenho do estudo; análise e
interpretação dos dados; elaboração do manuscrito; revisão
crítica do manuscrito.
SKM: Conceção e desenho do estudo; análise e
interpretação dos dados; elaboração do manuscrito; revisão
crítica do manuscrito.
ER: Conceção e desenho do estudo; elaboração do
manuscrito; revisão crítica do manuscrito.
KMO: Conceção e desenho do estudo; elaboração do
manuscrito; revisão crítica do manuscrito.
VM: Conceção e desenho do estudo; elaboração do
manuscrito; revisão crítica do manuscrito.
Conflitos de interesse e Financiamento
Os autores declaram que não há conflito de interesses.
Os autores declararam que não houve financiamento.
Referências
1. Barros DM, Silva APF, Moura DF, Barros MVC,
Pereira ABS, Melo MA, et al. A influência da
transição alimentar e nutricional sobre o
aumento da prevalência de doenças crônicas não
transmissíveis / The influence of food and
nutritional transition on the increase in the
prevalence of chronic non-communicable
diseases. Braz. J. Dev. [Internet]. 2021 julho 28
[cited 2022 dez 21];7(7):7464764. Available
from:
https://www.brazilianjournals.com/index.php/
BRJD/article/view/33526/pdf.
2. Souto AR. Condições de trabalho e stress:
implicações no emprego e na vida pessoal.
[dissertation on the Internet]. Ponta Delgada:
Universidade dos Açores; 2021 [cited 2022 set 5]
168 | Moura, V.
Artigo Original Qualitativo
Available from:
https://repositorio.uac.pt/bitstream/10400.3/6
294/1/DissertMestradoAnaRitaSouto2022.pdf.
3. Maia JTDM, Leal LS. Contribuições da terapia
ocupacional através produtivas e de lazer no
internamento hospitalar prolongada. Rev.
Intern. Bras. Ter. Ocup. [Internet]. 2019 [cited
2022 set 5];3(4):6029. Available from:
https://doi.org/10.47222/2526-
3544.rbto22432.
4. Pinto VAH, Paiva FS. “Ah, com certeza iam me
alta, né...”: autonomia no processo de cuidado
em saúde de sujeitos hospitalizados. Physis.
[Internet]. 2021 [cited 2022 set 5];31(3).
Available from:
https://doi.org/10.1590/S0103-
73312021310315.
5. Silva CJA, Pinheiro MCG, Isoldi DMR,
Carvalho FPB, Carreiro GSP, Simpson CA.
Experiências vivenciadas por pessoas
hospitalizadas com queimaduras: A luz da
história oral. Online Braz. J. Nurs. [Internet].
2019 [cited 2023 fev 16];18(1). Available from:
https://doi.org/10.17665/1676-
4285.2019v18n1
6. Freitas VP, Aparecida RAM. Humanização da
assistência de enfermagem em pacientes idosos.
Rev Inic Cient Ext [Internet]. 2020 [cited 2022
nov 30];3(1):371-8. Available from:
https://revistasfacesa.senaaires.com.br/index.p
hp/iniciacao-cientifica/article/view/294.
7. Pereira MM, Rezende KTA, Santos IF, Tonhon
SF da R. O processo de hospitalização sob a
ótica do paciente. Rev. Bras. Promoc. Saúde
[Internet]. 2020 dez 1[cited 2023 mar 16];33.
Available from:
https://ojs.unifor.br/RBPS/article/view/1165
7
8. Barboza BC, Sousa CALSC, Morais LAS.
Percepção da equipe multidisciplinar acerca da
assistência humanizada no centro cirúrgico. Rev
SOBECC [Internet]. 2020 dez 21[cited 2022 ago
28];25(4):212218. Available from:
https://revista.sobecc.org.br/sobecc/article/vi
ew/611
9. Sousa SM, Bernardino E, Crozeta K, Peres AM,
Lacerda MR. Integrality of care: challenges for
the nurse practice. Rev Bras Enferm [Internet].
2017 [cited 2022 ago 28];70(3):504-10. Available
from: https://doi.org/10.1590/0034-7167-
2016-0380
10. Riegel F, Crossetti MGO, Siqueira DS.
Contributions of Jean Watson’s theory to holistic
critical thinking of nurses. Rev Bras Enferm
[Internet]. 2018;71(4):2072-6. Available from:
https://doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0065
11. Silva MFF, Silva EM, Oliveira SLSS, Abdala GA,
Meira MDD. Integralidade na atenção primária à
saúde. REFACSevista Família, Ciclos de Vida e
Saúde no Contexto Social [Internet]. 2018 mai 8
[cited 2022 ago 28]; 6(supp.1):394-400. Available
from:
https://doi.org/10.18554/refacs.v6i0.2925.
12. Broch D, Riquinho DL, Vieira LB, Ramos AR,
Gasparin VA. Social determinants of health and
community health agent work. Rev Esc Enferm
USP [Internet]. 2020;54:e03558. Available from:
https://doi.org/10.1590/S1980-
220X2018031403558
13. BRASIL. Ministério da Saúde. Carta de Ottawa.
Primeira Conferência Internacional sobre
promoção da saúde [Internet]. Brasília (DF):
Ministério da Saúde; 2021. [cited 2023 ago 8].
Available from:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ca
rta_ottawa.pdf
14. Becker RM, Heidemann ITSB. Health promotion
in care for people with chronic non-transmitable
disease: Integrative review. Texto Contexto
Enferm [Internet]. 2020;29:e20180250. Available
from: https://doi.org/10.1590/1980-265X-
TCE-2018-0250
15. Freitas MA, Alvarez AM, Buss Schulter
Heidemann IT, Souza Lima JB, Sili EM, Chipindo
OJ. Caminho conceitual da promoção da saúde:
Relato de experiência. Rev. Baiana Enferm
[Internet]. 2020 dez 1;35. Available from:
https://doi.org/10.18471/rbe.v35.36789.
16. Minayo MCS. O desafio do conhecimento:
pesquisa qualitativa em saúde. 14 ed. São Paulo:
Hucitec; 2014. 407p.
17. Kolankiewicz ACB, Schmidt CR, Carvalho
REFL, Spies J, Dal Pai S, Lorenzin E. Cultura de
segurança do paciente na perspectiva de todos os
trabalhadores de um hospital geral. Rev. Gaucha
Enferm [Internet]. 2020;41:e20190177. Available
from: https://doi.org/10.1590/1983-
1447.2020.20190177
18. Melo RC, Pauferro MRV. Educação em saúde
para a promoção do uso racional de
medicamentos e as contribuições do
farmacêutico neste contexto / Health education
to provide the rational use of medications and
the pharmacist 's contributions in this context.
Braz. J. Develop. [Internet]. 2020 may 29 [cited
2022 dez 21];6(5):32162-73. Available from:
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.
php/BRJD/article/view/10805
19. Nascimento GRF. A saúde vista com outros
olhos: Iluminação hospitalar. Sustinere,
[Internet]. 2020 jan 16 [cited 2022 dez
Pensar Enfermagem / v.27 n.01 / dezembro 2023 | 169
DOI: 10.56732/pensarenf.v27i1.268
Artigo Original Qualitativo
21];7(2):401-13. Available from: https://www.e-
publicacoes.uerj.br/sustinere/article/view/4242
7
20. Ferreira JDO, Dantas DS, Dantas THM, Dias
DEM, Santos ILS, Campos TNC. Estratégias de
humanização da assistência no ambiente
hospitalar: Revisão integrativa. Rev. Ciênc. Plur
[Internet]. 2021:7(1):147163. Available from:
https://doi.org/10.21680/2446-
7286.2021v7n1ID23011
21. Santos TS, Bragagnollo GR, Tavares CM,
Papaléo LK, Carvalho LWT, Camargo RAA.
Qualificação profissional de enfermeiros da
atenção primária à saúde e hospitalar: um estudo
comparativo. Revista Cuidarte. 2020 mai 1; 11(2):
e786. Available from:
https://revistas.udes.edu.co/cuidarte/article/vi
ew/786
22. Ribeiro BCO, Souza RG, Silva RM. A
importância da educação continuada e educação
permanente em unidade de terapia intensiva
revisão de literatura. Rev Inic Cient Ext
[Internet]. 2019 ago16 [cited 2022 dez 20];2(3),
167-75. Available from:
https://revistasfacesa.senaaires.com.br/index.p
hp/iniciacao-cientifica/article/view/253
23. Flor TBM, Cirilo ET, Lima RRT, Sette-de-Souza
PH, Noro LRA. Formação na residência
multiprofissional em atenção básica: Revisão
sistetica da literatura. Ciênc Saúde Colet
[Internet]. 2022 mar. [cited 2022 dez
20];27(03):921-36. Available from:
https://doi.org/10.1590/1413-
81232022273.04092021
24. Feijoo AMLC. Situações de suicídio: atuação do
psicólogo junto a pais enlutados. Psicol Estu
[Internet]. 2021 [cited 2023 fev 16]; 26. Available
from:
https://www.scielo.br/j/pe/a/qxhP9NhBk9w
QcJPnjkgCZJq/?format=pdf&lang=p.
25. Brito MVN, Ribeiro DE, Lima RS, Gomes RG,
Fava SMCL, Vilela S de C, Sanches RS. Papel do
acompanhante na hospitalização: perspectiva
dos profissionais de enfermagem. Rev Enferm
UFPE [Internet]. 2020 [cited 2023 mar
17];14:e243005. Available from:
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfer
magem/article/view/243005/34248
26. Batista G, Santos S, Espaço C, Ressignificar P,
Brito B, Santos D, et al. A percepção da pessoa
internada sobre sua vivência no hospital. Rev
Nufen: Phenom Interd [Internet]. 2020 mai/ago
[cited 2023 mar 7]; 12(2):1-19. Available from:
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rnufen/v12n2/a
02.pdf.
27. Delgado Marques BL, Marinho I, Lins KK, Mota
L, Rebelo AP. O papel da enfermagem na
humanização dos serviços de saúde. CBioS
[Internet]. 2021 nov 9 [cited 2022 dez
24];7(1):173. Available from:
https://periodicos.set.edu.br/fitsbiosaude/articl
e/view/9346.
28. Custódio DVS, Barbosa RS, Alves SAA, Silva
KN, Cavalcante EGR. Comunicação como
instrumento no cuidar humanizado em
enfermagem ao paciente hospitalizado. Rev
Interd Enc Ciências-RIEC [Internet]. 2020 [cited
2022 dez 24]:3(1):1024-1038. Available from:
https://riec.univs.edu.br/index.php/riec/article
/view/86