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Pensar Enfermagem / v.27 n.01 / agosto 2023
DOI: 10.56732/pensarenf.v27i1.269
Artigo Teórico
Como citar este artigo: Bianconi ALM, Marcon SS, Malaquias TSM, Haddad MCFL. Habilidades sociais de
enfermeiros da atenção básica e o agir comunicativo de Jürgen Habermas. Pensar Enf [Internet]. 2023 Ago;
27(1)82-86. Available from: https://doi.org/10.56732/pensarenf.v27i1.269
Habilidades sociais de enfermeiros da atenção
básica e o agir comunicativo de Jürgen Habermas
Resumo
Objetivo
Promover reflexão sobre as habilidades sociais na atuação de enfermeiros da atenção básica,
na perspetiva do agir comunicativo de Habermas.
Método
Trata-se de um artigo de reflexão que propõe uma discussão sobre as habilidades sociais na
atuação de enfermeiros da atenção básica, embasada pela Teoria do Agir Comunicativo de
Habermas.
Desenvolvimento
As habilidades sociais referem-se aos comportamentos no repertório do indivíduo para
lidar com as demandas e situações sociais que ocorrem no dia a dia. No processo laboral o
enfermeiro, por ser o gestor da equipe, deve desenvolver suas potencialidades para ampliar
as habilidades pertinentes à gestão da assistência, especialmente, quanto à comunicação
efetiva.
Conclusão
Conclui-se que a Teoria da ão Comunicativa de Jurgen Habermas contribui para a prática
gerencial do enfermeiro e apoia para um desempenho social favorável, visto que, ao
submeter suas atitudes a um agir comunicativo, o enfermeiro estará em busca de maior
interação com sua equipe, pacientes, família e demais profissionais que constituem as redes
de atenção.
Palavras-chave
Atenção Básica; Comunicação; Enfermagem; Filosofia em Enfermagem; Relações
Interpessoais.
Aline Loiola Moura Bianconi1
orcid.org/0000-0002-1470-2164
Sonia Silva Marcon2
orcid.org/0000-0002-6607-362X
Tatiana da Silva Melo Malaquias3
orcid.org/0000-0001-5541-441X
Maria do Carmo Fernandez Lourenço Haddad4
orcid.org/0000-0001-7564-8563
1 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade
Estadual de Londrina, Londrina, Brasil.
2 Enfermeira. Doutora em Filosofia. Departamento de
Enfermagem, Universidade Estadual de Maringá,
Maringá, Brasil.
3 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Departamnto
de Enfermagem, Universidade Estadual do Centro-
Oeste, Guarapuava, Brasil.
4 Enfermeira. Doutora em Enfermagem.
Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual
de Londrina, Londrina, Brasil.
Autor de correspondência
Tatiana da Silva Melo Malaquias
E-mail: tatieangel@yahoo.com.br
Recebido: 30.03.2023
Aceite: 04.05.2023
Pensar Enfermagem / v.27 n.01 / agosto 2023 | 83
DOI: 10.56732/pensarenf.v27i1.269
Artigo Teórico
Introdução
A Atenção Básica (AB) é compreendida como o conjunto
de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que
abarcam promoção, prevenção, proteção, diagnóstico,
tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados
paliativos e vigilância em saúde, realizada por meio de
práticas de cuidado integrado e gestão qualificada,
desenvolvida por uma equipe multiprofissional para a
população em um território definido, sobre as quais as
equipes assumem responsabilidade sanitária.1,2
As ações da AB estão pautadas em quatro pilares: os
cuidados do primeiro contato, a continuidade do cuidado, o
cuidado integral e a coordenação do cuidado. Para o
cumprimento desses objetivos, é necessário realizar gestão
compatível com as necessidades da população, seguindo os
princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), e
contar com profissionais capacitados para a liderança das
equipes.1,2
Nessa perspetiva o enfermeiro representa o ator principal
nas ações de saúde, pois tem assumido posições de liderança
nos cenários atuais que podem ser definidoras da qualidade
do cuidado prestado. A atuação do enfermeiro na AB
brasileira vem-se configurando como uma ferramenta de
mudanças nas práticas de atenção à saúde no SUS,
propiciando um novo modelo assistencial que não está
centrado no biologicismo, mas na integralidade do cuidado,
na intervenção frente aos fatores de risco, na prevenção de
doenças e na promoção da saúde e da qualidade de vida.1,2
Autores afirmam que o trabalho do enfermeiro na AB está
pautado em duas dimensões: a) produção do cuidado e
gestão do processo terapêutico; e b) atividades de
gerenciamento do serviço de saúde e da equipe de
enfermagem. Assim, o enfermeiro, como gestor da equipe
de enfermagem, além de articular as atividades de vários
outros profissionais da equipe de saúde, deve desenvolver
potencialidades para ampliar as habilidades pertinentes à
gestão do processo de trabalho, especialmente, na
comunicação efetiva, relacionamento interpessoal e
desenvolvimento de um clima favorável ao exercício da
liderança.3
Destarte, a atuação do enfermeiro, nesse cenário, envolve
várias dimensões da prática clínica, como o cuidado, a
assistência, o ensino, a pesquisa e a gestão, incorporando
ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças.
Para alcançar os objetivos dessa modalidade de atenção, é
necessário ser um profissional que busca constantemente
desenvolver as suas competências sociais e interpessoais.3
As habilidades sociais (HS) englobam classes de
comportamentos valorizados em determinada cultura, com
alta probabilidade de resultados favoráveis para o indivíduo,
seu grupo e comunidade, que podem contribuir para um
desempenho socialmente competente em tarefas
interpessoais. Tais habilidades estão divididas em
automonitoramento, comunicação, civilidade,
enfrentamento: direitos e cidadania, empatia, HS de trabalho
e HS de expressão de sentimento positivo.4, 5
Esse repertório de comportamentos pode nascer com a
pessoa, eles podem ser adquiridos ao longo de sua vida, por
meio de programas de capacitação ou por vivência. Dessa
forma, é possível que uma pessoa socialmente incompetente
possa executar de maneira competente uma determinada
tarefa.6
Considerando que as relações interpessoais e as HS
necessitam de tratamento vigoroso e não reducionista, e
considerando o processo de trabalho do enfermeiro,
reconhecido como uma prática social que promove a
construção das relações grupais de caráter complexo, para o
desenvolvimento desta reflexão, será utilizada a teoria do
Agir Comunicativo de Habermas.7, 8
Assim, tem-se por objetivo promover reflexão sobre as
habilidades sociais na atuação de enfermeiros da atenção
básica, na perspetiva do agir comunicativo de Habermas.
Considera-se que tal reflexão é importante, visto que
contribuirá para a (re)construção de práticas comunicativas
eficientes e, assim, pode tornar esse espaço de atuação mais
efetivo no cuidado às pessoas, famílias e comunidades.
Método
Trata-se de um artigo de reflexão que propõe uma discussão
sobre as habilidades sociais na atuação de enfermeiros da
atenção básica, baseada na Teoria do Agir Comunicativo de
Habermas,8 considerando que o trabalho do enfermeiro é
reconhecido como uma prática social que promove a
construção das relações grupais de caráter complexo e não
reducionista.
Desenvolvimento
Teoria do Agir Comunicativo de Jürgen Habermas
Jürgen Habermas, filósofo e sociólogo alemão, nascido em
1929, é um dos mais importantes filósofos e sociólogos do
século XX e considerado um dos últimos representantes da
escola de teoria social e filosofia de Frankfurt. No conjunto
de sua obra podem ser destacadas três ideias fundamentais:
a primeira reside na construção de uma Teoria da Ação
Comunicativa; a segunda, na defesa da existência de uma
esfera pública, na qual os cidadãos, livres de domínio
político, poderiam expor ideias e discuti-las; a terceira ideia
defende que as ciências naturais seguem uma gica
objetiva.9
Habermas defende que as sociedades são complexas e estão
deficientes de integração social. Consequentemente,
constituem espaços potenciais de conflitos, dificultam
estudos sobre valores morais, e prejudicam a liberdade dos
indivíduos. Considerando o mencionado, “os seres
humanos de forma geral estão frequentemente à busca de
interesses próprios, espelhados através de cálculos de
vantagens e decisões arbitrárias. Atua-se sobre o outro e não
com o outro, isto é, um agir racional com direção a fins
meramente estratégicos”.10(p177)
A Teoria da Agir Comunicativo busca um conceito
comunicativo de razão e uma sociedade na qual a
comunidade participa das decisões tanto individuais como
nas coletivas, de forma ativa, consciente e responsável. Essa
teoria compreende o indivíduo como ser participativo que
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antes de agir avalia as possíveis consequências, considerando
as regras, normas, valores e leis. Portanto, não deve agir
mecanicamente.10-11
A presente teoria diz respeito a dois tipos de ações: ação
instrumental e ação comunicativa. As sociedades que
possuem locais onde a prevalência da ação instrumental
são identificadas pelo filósofo como mundo sistêmico, e
aquelas nas quais a prevalência é da ação comunicativa são
nomeadas como mundo da vida.12
O mundo sistêmico seria aquele mundo em que predomina
a racionalidade instrumental e reparadora. Portanto, a crítica
da razão instrumental está relacionada a uma ampliação do
conceito de racionalidade. Assim, Habermas desenvolve o
conceito de racionalidade comunicativa, que se constitui
fundamental para o mundo do trabalho ou razão
comunicativa, onde o objetivo principal é a busca de
interesses próprios.9
O mundo da vida seria a esfera privada da família e das
amizades, e a esfera pública é onde os sujeitos chegam a um
entendimento sobre as outras esferas do sistema social, por
meio do processo comunicativo, da ação comunicativa, que
por sua vez traz uma decisão melhor para os indivíduos. O
mundo da ação comunicativa é o mundo vivido ou o mundo
da vida.10
O Quadro 1 representa aspectos que fundamentam a
compreensão do entendimento mútuo e da interface entre o
mundo da vida e o agir pautado em normas, ou seja, mundo
sistêmico.13
Quadro 1 - Pilares teóricos da Teoria do Agir Comunicativo, Londrina/PR,
Brasil, 2021
Orientações para o entendimento mútuo
versus orientação para o sucesso
O entendimento mútuo como mecanismo
de coordenação de ações
Situação de ação e situação da fala
O pano de fundo do mundo da vida
Processo de entendimento tuo entre o
mundo e o mundo da vida
Referências ao mundo e pretensões de
validez
Perspetiva do mundo
Fonte: Adaptado de Habermas (1989)
Para tanto, a comunicação deve ser inteligível, considerando
o universo do recetor quando for elaborar um discurso,
afinal, o principal objetivo da comunicação é o
entendimento. A ênfase dada por Habermas é o paradigma
de que a razão dialógica é fruto do processo de
entendimento intersubjetivo, pois os sujeitos, situados
historicamente, por meio da fala, estabelecem uma relação
interpessoal na qual pode-se tentar compreender que o
mundo contemporâneo é regido pela razão comunicativa.13
Interfaces entre habilidades sociais na atuação do
enfermeiro na atenção básica e o agir comunicativo
As atividades do enfermeiro na AB impulsionam ações entre
o sistema de saúde e as pessoas, por meio da produção do
cuidado, da gestão da equipe de enfermagem e do
gerenciamento. “A gestão do cuidado está relacionada às
atividades privativas do enfermeiro em relação a planejar,
executar, coordenar, supervisionar e avaliar a assistência de
enfermagem, considerando o ponto de vista ético-
legal”.14(p1)
O enfermeiro, na prática diária, em virtude de exercer a
posição de liderança, necessita proporcionar para sua equipe
momentos de integração que favoreçam o pensar, refletir,
sentir e agir de todos os envolvidos, nas atividades
relacionadas ao atendimento ao paciente e comunidade.
Frente a isso, é imprescindível que este profissional seja
hábil nos processos de comunicação e relacionamento, pois
eles são inerentes à sua atuação gerencial. Para tanto, deve
possuir um repertório apurado de habilidades sociais.15
Neste cenário, a prática diária do enfermeiro perpassa o
aspecto mecanicista e reducionista. Portanto, um processo
comunicacional adequado é fundamental, considerando a
diversidade de ações sob sua responsabilidade, além de
articular as atividades entre sua equipe e outros
profissionais, setores de saúde e das redes de atenção como
um todo, com o intuito comum de atender à comunidade.
Desta forma, é necessário implementar uma comunicação
efetiva no cotidiano laboral da enfermagem, em especial,
pelo enfermeiro como líder desta equipe.15,16
Cabe destacar que, segundo Habermas, é fundamental
provocar um aprendizado constante e renovador, “uma vez
que o consenso existe até o momento do dissenso”, quando
algo ou situações podem ser renegociados. Explica que o
“consenso não ocorre quando o mundo da vida é muito
distinto”, pois em situações que as culturas são muito
distintas pode não haver a motivação de uma ou de ambas
as partes no sentido de investigar, ir em busca de
entendimento por meio da comunicação. Portanto,
comunicação não se restringe ao que é dito ou escrito, pois
se transforma em ação, e é assim que os indivíduos
interagem entre si, “num vai e vem argumentativo”. 15,16
As ideias mencionadas anteriormente permeiam o universo
das HS, visto que as classes de habilidades englobam
comportamentos relativos ao repertório do indivíduo para
um desempenho favorável na sociedade. Portanto, as HS
são interdependentes no cotidiano social do homem, e a
comunicação é uma habilidade que transpassa entre todas as
outras e está estritamente entrelaçada ao agir comunicativo.
Quando uma ação necessita do entendimento mútuo e
cooperação dos pares para um objetivo comum, deve haver
uma compreensão dos contextos individuais e
posicionamento do recetor frente ao ato da fala.16
Por meio da linguagem, o enfermeiro é capaz de reduzir as
fragilidades e potencializar as fortalezas comuns nos
relacionamentos entre os membros da equipe de saúde. O
entendimento da relevância e a capacidade do agir
comunicativo fazem com que as individualidades, que
formam a heterogeneidade da equipe e as particularidades
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de seus entes, deixem de ser peças que prejudicam a
comunicação e passem a ser contribuições do consenso
construído pela participação de todos.17
Para colocar em prática o repertório de comportamentos
das HS e obter um desempenho social favorável, para o
indivíduo ser considerado socialmente habilidoso, é
fundamental ter como princípio a automonitoria, e para tal
o autoconhecimento é indispensável. Assim, de acordo com
Habermas, é essencial acreditar que as pessoas que se
comportam irracionalmente se enganam no seu
autoconhecimento, e pessoas que conseguem ter uma
atitude reflexiva sobre sua subjetividade, por meio da
autorreflexão, têm condições de alcançar seus sonhos e
objetivos por meio da própria vivência.16-18
Contudo, nítida é a imprescindibilidade de se transcender o
processo comunicativo característico do mundo da vida
para se adentrar no processo de racionalidade reflexiva e
crítica. Na linguagem gerencial do universo das atribuições
do enfermeiro socialmente habilidoso, utilizar a
racionalidade reflexiva para uma boa leitura de cenário e
solução dos nós críticos no processo assistencial é
fundamental. É preciso, por meio do procedimento
argumentativo, que o grupo busque o consenso a partir de
princípios que busquem a assegurar sua validade. Assim, a
verdade não é oriunda da reflexão isolada, mas é exercida
por meio do diálogo orientado por regras estabelecidas
pelos membros do grupo, numa situação dialógica ideal. A
situação ideal de fala consiste em evitar a coerção e dar
condições para todos os participantes do discurso
exercerem os atos de fala. Para Habermas o critério da
verdade não consiste na correspondência do enunciado com
os fatos, mas sim no consenso discursivo. 16-18
Algumas fragilidades encontradas no processo de
comunicação podem afetar o agir comunicativo do
enfermeiro e sua equipe, como registos de dados
inadequados, velocidade de disseminação de informações
(fake ou não) extremamente rápida, gerando complicações
de várias proporções e dificultando o controle do processo
comunicativo.19
Dessa forma, faz-se necessário que o enfermeiro, como
gestor da equipe, averigue se suas ações estão sendo
pautadas apenas no agir estratégico, para não se deparar com
a falta de entendimento. Assim, para subvencionar seu agir,
deve ir à busca de elementos das ciências sociais e
sensibilizar-se com a importância da comunicação no
processo de cuidar e gerenciar, de maneira que possa
transformar as relações enfermeiro-cliente, enfermeiro-
equipe e equipe-cliente. Quando o enfermeiro atua de
acordo com suas habilidades sociais e embasado no agir
comunicativo, poderá propiciar entendimento e grandes
transformações sociais. 15, 18
Salienta-se que a comunicação efetiva é imprescindível para
o trabalho em equipe. Para que se possa prestar uma
assistência de saúde com qualidade e mais humana, precisa-
se estabelecer uma comunicação efetiva entre todos os
envolvidos, isto é, gestores, trabalhadores, pacientes e
familiares.17
Destarte, é imprescindível focar mais a ação comunicativa
do processo de trabalho do enfermeiro, a fim de permitir
um melhor desempenho e relacionamento interpessoal, com
autonomia de seus agentes e construção tua de objetivos
comuns entre a equipe de saúde como um todo. Desse
modo, os integrantes do processo se reconhecem como
atores de um mundo social em meio a divergências culturais,
saberes e subjetividades, com intuito de propiciar um
relacionamento eficaz.17
Por fim, enfatiza-se que, na teoria habermasiana, o agir
comunicativo é um ato que tem como finalidade o
entendimento mútuo, por meio de ajuda entre os
envolvidos, correspondendo a uma estratégia eficaz para
outras ações, e se desenvolve a partir de um processo anular,
em que o ator é iniciador e produto do processo.20
Conclusão
A Teoria da Ação Comunicativa de Jurgen Habermas
contribui para a prática gerencial do enfermeiro e apoia para
um desempenho social favorável, visto que, ao submeter
suas atitudes a um agir comunicativo, o enfermeiro estará
em busca de maior interação com sua equipe,
pacientes/clientes, família e demais profissionais que
constituem as redes de atenção. Profissionais da saúde em
geral precisam estar comprometidos em desenvolver suas
habilidades sociais e de comunicação, a fim de promover
mais humanização e reduzir atos mecanicistas.
Considerando que Habermas sugere que a interação é
indispensável para a organização social, o entendimento de
todos deve ser o objetivo, sempre em busca do consenso,
sem coação de forma alguma. O agir do enfermeiro com sua
equipe visa à promoção da saúde e do bem-estar de todos,
incluindo clientes internos e externos. O agir comunicativo
deve ser uma preocupação de todos os profissionais.
Contribuições autorais
ALMB: Conceção e desenho do estudo; Recolha de dados;
Análise e interpretação dos dados; Redação do manuscrito;
Revisão crítica do manuscrito.
SSM: Conceção e desenho do estudo; Análise e
interpretação dos dados; Redação do manuscrito; Revisão
crítica do manuscrito.
TSMM: Conceção e desenho do estudo; Análise e
interpretação dos dados; Redação do manuscrito; Revisão
crítica do manuscrito.
MCFLH: Conceção e desenho do estudo; Recolha de dados;
Análise e interpretação dos dados; Redação do manuscrito;
Revisão crítica do manuscrito.
Conflito de interesses
Nenhum conflito de interesse foi declarado pelas autoras.
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