Vol. 20 N.º 2 (2016): Revista Científica Pensar Enfermagem
Artigos originais

A primeira experiência clínica do estudante de Enfermagem

Dulce Cabete
Professora Adjunta, PhD, ESEL
Patrícia Alves
Professora Adjunta, Mestre em Ciências de Enfermagem, ESEL
Cristina Baixinho
Professora Adjunta, Doutorada em Ciências de Enfermagem, ESEL
Helga Rafael
Assistente, Doutorada em Ciências de Enfermagem, ESEL
Laura Viegas
Professora Adjunta, Mestre em Ciências de Enfermagem, ESEL
Célia Simão de Oliveira
Professora Coordenadora, Doutorada em Enfermagem, ESEL

Publicado 30-12-2016

Palavras-chave

  • ensino clínico,
  • estudante de enfermagem,
  • ensino de enfermagem,
  • estudo qualitativo

Como Citar

Cabete, D., Alves, P., Baixinho, C., Rafael, H., Viegas, L., & Simão de Oliveira, C. (2016). A primeira experiência clínica do estudante de Enfermagem. Pensar Enfermagem, 20(2), 3–25. https://doi.org/10.56732/pensarenf.v20i2.117

Resumo

Introdução: O ensino clínico, parte essencial da formação em enfermagem, expõe desde cedo o estudante à realidade dos cuidados e da profissão. Reconhecendo que, num contexto de mudanças sociais e profissionais com reflexo, também, na estrutura e organização do curso de enfermagem, é fundamental analisar e adequar a prática pedagógica para maximizar aprendizagens.

Objetivo: Pretendemos, com este estudo, descrever a estrutura essencial da primeira experiência clínica do estudante de enfermagem.

Método: Trata-se de um estudo descritivo, retrospetivo, de abordagem fenomenológica. Após a primeira incursão em ensino clínico, realizada no primeiro ano do curso, com a duração de uma semana, os estudantes foram convidados a participar no estudo. Dos quarenta estudantes matriculados, onze compareceram para marcação de entrevista individual, constituindo, assim, o grupo em estudo. A recolha de dados foi feita através de entrevista não estruturada. As entrevistas foram gravadas em áudio e transcritas integralmente, dando origem a onze verbatins. Foram salvaguardados os aspetos da confidencialidade e da participação livre e esclarecida. As entrevistas foram conduzidas por uma docente e decorreram após a avaliação e classificação daqueles estudantes na Unidade Curricular.

Resultados: A análise fenomenológica conduziu à descrição da estrutura da primeira experiência clínica como um processo de tomada de consciência da identidade profissional, das competências desenvolvidas e a desenvolver, do processo de aprendizagem e das emoções e sentimentos envolvendo a experiência.

Conclusão: Salienta-se a natureza confirmatória desta experiência para a confirmação da escolha do curso, a necessidade de o estudante se sentir acolhido e reconhecido pelo cliente bem como uma componente fortemente emocional acompanhando toda a experiência. Importa aprofundar estes aspetos com outros estudos que possam determinar se as dimensões identificadas são específicas do primeiro ensino clínico, bem como integrar os resultados na melhoria do processo educativo.

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