Barreiras que influenciam as atitudes dos enfermeiros face aos cuidados paliativos na unidade de cuidados intensivos neonatais: revisão scoping
Publicado 15-06-2023
Palavras-chave
- Atitudes,
- Barreiras,
- Unidade de Terapia Intensiva,
- Neonatal,
- Enfermeiro
- Cuidados Paliativos ...Mais
Como Citar
Direitos de Autor (c) 2023 Fatima Pacheco Sousa, Maria Alice dos Santos Curado
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Resumo
Objetivo: Identificar as barreiras que influenciam as atitudes dos enfermeiros face aos cuidados paliativos na unidade de cuidados intensivos neonatais. Introdução: Os enfermeiros neonatais desempenham um papel crucial no cuidado ao recém-nascido que sofre de uma doença crónica complexa ou que se encontra em fim de vida e necessita de cuidados paliativos. Na unidade de cuidados intensivos neonatais, a implementação dos cuidados paliativos é inconsistente devido à existência de barreiras que influenciam as atitudes dos enfermeiros perante a necessidade de tomar decisões relacionadas com o fim
de vida dos recém-nascidos ou a suspensão de tratamentos curativos. Método: De acordo com a metodologia indicada pelo Joanna Briggs Institute, e o PRISMA-ScR como lista de verificação complementar, esta revisão scoping foi realizada em três fases e foram pesquisados em 10 bases de dados estudos primários, revisões sistemáticas e meta-análises, em inglês, português, francês e espanhol entre 2016 a 2021. Os dados obtidos através do processo de extração foram reunidos numa tabela, e incluíram as características dos estudos, a população envolvida e os principais achados relacionados com as barreiras que influenciam as atitudes dos enfermeiros face à prestação dos cuidados paliativos na unidade de neonatologia, e os instrumentos utilizados para avaliar essas atitudes. Resultados: Dezasseis estudos preencheram os critérios de inclusão. As principais barreiras identificadas pelos estudos estão relacionadas com a ausência de formação em cuidados paliativos, dificuldade de comunicação com os pais e entre profissionais de saúde, e ausência de políticas relacionadas com a prestação de cuidados paliativos neonatais. A entrevista semiestruturada foi o instrumento mais comum e amplamente utilizado para estudos qualitativos. Os questionários foram selecionados para estudos quantitativos, sendo a NiPCAS o mais utilizado na UCIN.
Conclusão: As barreiras que influenciam as atitudes dos enfermeiros na implementação dos cuidados paliativos neonatais estão identificadas pela literatura científica, no entanto os cuidados permanecem inconsistentes. A definição de estratégias de formação e políticas organizacionais pode reduzir o impacto das barreiras enfrentadas pelos enfermeiros neonatais na prestação de cuidados paliativos.