Vol. 27 N.º 1 (2023): Revista Científica Pensar Enfermagem
Artigos originais

Capacidade de autocuidado de pessoas idosas portuguesas residentes em contexto domiciliário

Fátima Cunha
Centro de Investigação em Qualidade de Vida (CIEQV)| Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS); Escola Superior de Saúde - Instituto Politécnico de Santarém, Santarém, Portugal.
Maria Rosário Pinto
Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA-E) | Centro de Investigação, Inovação e Desenvolvimento em Enfermagem de Lisboa (CIDNUR), Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, Lisboa, Portugal.
Margarida Vieira
Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS), Instituto Ciências da Saúde - Universidade Católica Portuguesa, Porto, Portugal.

Publicado 31-07-2023

Palavras-chave

  • Autocuidado,
  • Cuidados de Enfermagem,
  • Envelhecimento,
  • Pessoa Idosa

Como Citar

Cunha, F., Pinto, M. R., & Vieira, M. (2023). Capacidade de autocuidado de pessoas idosas portuguesas residentes em contexto domiciliário. Pensar Enfermagem, 27(1), 73–78. https://doi.org/10.56732/pensarenf.v27i1.262

Resumo

Introdução

Neste artigo apresenta-se uma análise da Capacidade de Autocuidado de pessoas idosas residentes em contexto domiciliário, identificando variáveis que nela interferem. O envelhecimento é uma etapa da vida em que as necessidades de saúde sofrem continuas modificações decorrentes das situações de doença e do processo de envelhecimento, pelo que a implementação de um adequado e eficaz apoio à capacidade para cuidar de si contribuirá na promoção da saúde e bem-estar.

Objetivo

Identificar variáveis que interferem na Capacidade de Autocuidado de pessoas idosas residentes em contexto domiciliário.

Métodos

Trata-se de um estudo de natureza não experimental, transversal, quantitativo de tipo descritivo e correlacional, no qual participaram 400 pessoas que cumpriam os critérios de inclusão definidos. Avaliação da capacidade de autocuidado com recurso à Exercise of Self-Care AgencyESCA.

Resultados

Baseados na análise multivariada da variância, identificou-se a existência de diferenças estatisticamente significativas em alguns domínios da Capacidade de Autocuidado de acordo com a idade, escolaridade e autoperceção do estado de saúde da pessoa idosa. Em termos globais, constataram-se correlações positivas entre a idade e o domínio Iniciativa e responsabilidade (3.6%) e entre a escolaridade e o domínio do Conhecimento e procura informação (5.2%) e correlação negativa entre a idade e o domínio Conhecimento e procura de informação (3.7%). Identificou-se ainda que as pessoas idosas que se percecionam como incapazes de cuidar de si apresentaram pontuações inferiores no domínio do Conhecimento e procura de informação, comparativamente àquelas que se percecionam com capacidade para cuidar de si, tanto quando se autopercecionam como saudáveis ou portadoras de doença (diferença de pontuações médias de -.38 e -.53, respetivamente, p< .05).

Conclusão

Perante estes dados, e sendo o envelhecimento uma etapa de múltiplos desafios no autocuidado, sugere-se que o enfermeiro equacione múltiplas estratégias para que a pessoa idosa consiga aceder, compreender, interpretar e integrar o conteúdo da informação que lhes permita cuidar de si.

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