Capacitar o utente hipocoagulado e família na gestão da doença: uma intervenção da Enfermagem Comunitária
Publicado 30-11-2023
Palavras-chave
- Utentes,
- Família,
- Anticoagulantes Orais,
- Educação para a Saúde,
- Enfermagem Comunitária
Como Citar
Direitos de Autor (c) 2023 Rute Rego, José Edmundo Xavier Furtado de Sousa, Maria de Fátima Balsinha Pinto
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Resumo
Introdução
As doenças cérebro-cardiovasculares necessitam de um acompanhamento regular e especializado, onde se inclui as patologias que necessitam de anticoagulantes orais, com o intuito de diminuir os internamentos por descompensação clínica, manter a pessoa ativa e diminuir o seu grau de dependência, necessitando de uma parceria profissional/utente/família na sua gestão. O projeto foi sustentado pelo referencial teórico de Dorothea Orem, Teoria do Défice do Autocuidado.
Objetivo
Capacitar o utente hipocoagulado e família na gestão da doença.
Métodos
Aplicado a metodologia do planeamento em saúde. O diagnóstico de situação foi desenvolvido com recurso a questionários aplicado ao utente no sentido de validar o seu conhecimento sobre a gestão da doença e um segundo aplicado à família para compreender o seu conhecimento sobre as necessidades do seu familiar. A amostra não probabilística por conveniência, foi constituída por 18 utentes e 5 familiares nas consultas realizadas durante o período de estágio.
Resultados
O diagnóstico de situação revelou défice de conhecimento sobre a gestão da doença: no autocuidado, regime terapêutico e sua interação, bem como défice do papel da família no acompanhamento do seu familiar e na perceção das suas necessidades. Utilizou-se como estratégia, a educação para a saúde no sentido de melhorar os problemas identificados através da capacitação dos utentes e famílias intervencionadas. Após a intervenção verificou-se um aumento de conhecimentos em todos os pontos abordados: autocuidado (92,85%), regime terapêutico e sua interação (85,71%). Quanto à intervenção familiar verificou-se que os participantes são familiares conviventes com os utentes hipocoagulados e já assumiram o papel de cuidador.
Conclusão
Este projeto contribuiu para o conhecimento dos utentes hipocoagulados e família, através da intervenção da enfermagem comunitária, bem como a reflexão sobre como desenvolver estratégias com as famílias, no sentido de as capacitar na deteção precoce de intervir no autocuidado do seu familiar e na gestão dos papeis familiares.