Vol. 27 N.º 1 (2023): Revista Científica Pensar Enfermagem
Artigos originais

Capacitar o utente hipocoagulado e família na gestão da doença: uma intervenção da Enfermagem Comunitária

Rute Rego
Mestrado. ACES Arrábida/USF Sesimbra, Sesimbra, Portugal.
José Edmundo Xavier Furtado de Sousa
Doutoramento. Centro de Investigação, Inovação e Desenvolvimento em Enfermagem de Lisboa (CINDUR)/ESEL, Lisboa, Portugal.
Maria de Fátima Balsinha Pinto
Mestrado. ACES Arrábida/USF São Filipe, Setúbal, Potugal.

Publicado 30-11-2023

Palavras-chave

  • Utentes,
  • Família,
  • Anticoagulantes Orais,
  • Educação para a Saúde,
  • Enfermagem Comunitária

Como Citar

Rego, R., Xavier Furtado de Sousa, J. E., & Balsinha Pinto, M. de F. (2023). Capacitar o utente hipocoagulado e família na gestão da doença: uma intervenção da Enfermagem Comunitária. Pensar Enfermagem, 27(1), 147–152. https://doi.org/10.56732/pensarenf.v27i1.276

Resumo

Introdução

As doenças cérebro-cardiovasculares necessitam de um acompanhamento regular e especializado, onde se inclui as patologias que necessitam de anticoagulantes orais, com o intuito de diminuir os internamentos por descompensação clínica, manter a pessoa ativa e diminuir o seu grau de dependência, necessitando de uma parceria profissional/utente/família na sua gestão. O projeto foi sustentado pelo referencial teórico de Dorothea Orem, Teoria do Défice do Autocuidado.

Objetivo

Capacitar o utente hipocoagulado e família na gestão da doença.

Métodos

Aplicado a metodologia do planeamento em saúde. O diagnóstico de situação foi desenvolvido com recurso a questionários aplicado ao utente no sentido de validar o seu conhecimento sobre a gestão da doença e um segundo aplicado à família para compreender o seu conhecimento sobre as necessidades do seu familiar. A amostra não probabilística por conveniência, foi constituída por 18 utentes e 5 familiares nas consultas realizadas durante o período de estágio.

Resultados

O diagnóstico de situação revelou défice de conhecimento sobre a gestão da doença: no autocuidado, regime terapêutico e sua interação, bem como défice do papel da família no acompanhamento do seu familiar e na perceção das suas necessidades. Utilizou-se como estratégia, a educação para a saúde no sentido de melhorar os problemas identificados através da capacitação dos utentes e famílias intervencionadas. Após a intervenção verificou-se um aumento de conhecimentos em todos os pontos abordados: autocuidado (92,85%), regime terapêutico e sua interação (85,71%). Quanto à intervenção familiar verificou-se que os participantes são familiares conviventes com os utentes hipocoagulados e já assumiram o papel de cuidador.

Conclusão

Este projeto contribuiu para o conhecimento dos utentes hipocoagulados e família, através da intervenção da enfermagem comunitária, bem como a reflexão sobre como desenvolver estratégias com as famílias, no sentido de as capacitar na deteção precoce de intervir no autocuidado do seu familiar e na gestão dos papeis familiares.

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