Vol. 14 N.º 1 (2010): Revista Científica Pensar Enfermagem
Artigos originais

A consulta telefónica como intervenção de enfermagem ao doente e família com dor crónica, numa unidade de dor

Madalena Martins
Enfermeira, Mestre em Comunicação em Saúde
Maria dos Anjos Pereira Lopes
Escola Superior de Enfermagem de Lisboa

Publicado 04-07-2010

Palavras-chave

  • comunicação em saúde,
  • consulta telefónica,
  • continuidade de cuidados,
  • dor crónica,
  • intervenção em enfermagem

Como Citar

Martins, M. ., & Pereira Lopes, M. dos A. (2010). A consulta telefónica como intervenção de enfermagem ao doente e família com dor crónica, numa unidade de dor. Pensar Enfermagem, 14(1), 39–57. https://doi.org/10.56732/pensarenf.v14i1.37

Resumo

A comunicação por telefone surge como recurso de aproximação e qualidade de atendimento ao doente/família pela equipa de saúde, numa área subjectiva como é o alívio do sofrimento e controlo da dor crónica.

O objectivo do estudo foi compreender o processo de cuidados implícito na consulta telefónica ao doente/família com dor crónica na Unidade Dor, do Hospital Garcia de Orta com vista a incrementar novas medidas favorecedoras da tomada de decisão da equipa de saúde.

A metodologia do estudo reveste-se das características de estudo de caso. Os dados obtiveram-se através de análise de registos das consultas telefónicas, observação participante e entrevistas formais às 4 enfermeiras, 103 doentes e familiares, e informais a 3 médicos.

Os resultados obtidos permitem conhecer o nível de satisfação dos doentes e famílias bem como os principais motivos que impulsionam os doentes a telefonar para a Unidade de Dor que são: a gestão do regime terapêutico e os problemas decorrentes da doença ou da terapêutica.

Conclui-se que a consulta telefónica é referida como um recurso importante para o doente/família, sendo salientado o nível de exigência intrínseco ao processo de cuidados num tipo de interacção não presencial. Esta exigência situa-se na articulação do circuito informativo virtual entre o doente, a enfermeira e o médico e o retorno da informação ao doente.

 

* Artigo baseado na dissertação de mestrado em Comunicação em Saúde da Universidade Aberta em 2010.

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