Vol. 14 N.º 2 (2010): Revista Científica Pensar Enfermagem
Artigos originais

O lugar do afecto na prática de cuidados de enfermagem em contexto pediátrico: perspectivas de crianças, jovens, pais e enfermeiros

Marisa Paulo
Serviço de Internamento de Pediatria do Hospital Fernando da Fonseca
Vitor Alexandre
Serviço de Cuidados Intensivos Pediátricos do Hospital Fernando da Fonseca
Tânia Galhofas
Enfermeira em Hemodiálise
Paula Diogo
Escola Superior de Enfermagem de Lisboa

Publicado 30-12-2010

Palavras-chave

  • afecto,
  • cuidar,
  • enfermagem pediátrica,
  • criança,
  • jovem,
  • família,
  • hospitalização
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Como Citar

Paulo, M. ., Alexandre, V. ., Galhofas, T. ., Mil-Homens, S. ., & Diogo, P. . (2010). O lugar do afecto na prática de cuidados de enfermagem em contexto pediátrico: perspectivas de crianças, jovens, pais e enfermeiros. Pensar Enfermagem, 14(2), 70–81. https://doi.org/10.56732/pensarenf.v14i2.47

Resumo

Na prática de cuidados de enfermagem, o amor tem vindo a ser apontado como característica definidora do Cuidar, sendo o conceito originário do inglês “caring” utilizado como sinónimo de amor, afecto, carinho ou ser atencioso, ser cuidadoso. A dimensão afectiva da enfermagem em contexto pediátrico adquire contornos peculiares pois, por um lado as crianças/jovens despertam nos seus cuidadores sentimentos de vinculação, amor e afecto que levam ao desenvolvimento de relacionamentos de protecção enriquecidos por uma partilha emocional. Por outro lado, as crianças/jovens a viverem uma situação de doença e hospitalização, e suas famílias, beneficiam da criação de contextos relacionais com uma tonalidade afectiva. Porém, levantam-se diversas questões que corroboram mas que também são críticas quanto à temática do afecto/amor e que são merecedoras de debate científico intra e interdisciplinar. Uma revisão sistemática da literatura poderá ser um contributo para este debate científico, pretendendo-se sistematizar a evidência científica produzida na actualidade, e através desta compreender o lugar do afecto na relação enfermeiro-cliente pediátrico. Para tal, foram identificados e analisados 6 artigos de investigação à luz da método PI(C)OD. Os resultados revelam que o afecto está fortemente presente nas atitudes dos enfermeiros, nas acções dos enfermeiros e no ambiente de cuidados de enfermagem, de acordo com as perspectivas dos actores envolvidos: crianças, jovens, pais e enfermeiros. Conclui-se que nos cuidados de enfermagem em contexto pediátrico o afecto influencia favoravelmente múltiplos aspectos do cuidar, não se cingindo a um momento/acção/interacção particular, e promove o bem-estar dos clientes em situação de doença e hospitalização.

 

Adaptado da Monografia de final de Curso realizada no âmbito da Licenciatura em Enfermagem (ESEL, 2010).

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