Vol. 16 N.º 1 (2012): Revista Científica Pensar Enfermagem
Artigos originais

Ser cuidador familiar: a perceção do exercício do papel

Isabel Carvalho Beato Ferraz Pereira
Escola Superior de Enfermagem de Lisboa; UI&DE
Abel Avelino de Paiva e Silva
Escola Superior de Enfermagem do Porto

Publicado 30-06-2012

Palavras-chave

  • cuidador familiar,
  • exercício do papel,
  • perceção

Como Citar

Pereira, I. C. B. F. ., & de Paiva e Silva, A. A. (2012). Ser cuidador familiar: a perceção do exercício do papel. Pensar Enfermagem, 16(1), 42–54. https://doi.org/10.56732/pensarenf.v16i1.62

Resumo

A transição para o papel de cuidador familiar de pessoas dependentes no autocuidado é uma tarefa exigente, na qual os(as) enfermeiros(as) têm um papel importante. O objetivo deste estudo foi conhecer a perceção do cuidador familiar acerca do exercício do papel de prestador de cuidados. Tendo em conta o problema e os objetivos definidos, optámos por um estudo qualitativo e exploratório. A procura dos significados atribuídos ao exercício do papel foi possível com recurso ao paradigma construtivista que utiliza o pensamento indutivo. Os participantes foram intencionalmente selecionados. A recolha de dados foi obtida por entrevista
semiestruturada, em dois momentos distintos: a primeira durante o internamento hospitalar (entre o 6º e o 54º dia de internamento), a segunda entrevista um mês após o regresso da pessoa a casa. A análise teve por base o método das comparações constantes de Strauss & Corbin (1990).

Conclusão: O estudo permitiu identificar os seguintes significados: o esforço que o cuidado em si mesmo exige do cuidador familiar, torna o exercício do papel uma experiência difícil. O exercício do papel exige “ter de aprender”, “ter de adaptar-se”, “ter que conseguir”. O exercício do papel implica uma preocupação constante. 

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