Vol. 12 N.º 2 (2008): Revista Científica Pensar Enfermagem
Artigos originais

Qual o lugar da escrita sensível nos registos de enfermagem?

Amaro Martins
Centro Hospitalar Lisboa Norte E.P.E - Hospital Pulido Valente
Ana Alexandra Pinto
Centro Hospitalar Lisboa Norte E.P.E - Hospital Pulido Valente
Cidolina Maria Lourenço
Centro Hospitalar Lisboa Norte E.P.E - Hospital Pulido Valente
Elisa Pimentel
Centro Hospitalar Lisboa Norte E.P.E - Hospital Pulido Valente
Isabel Fonseca
Centro Hospitalar Lisboa Norte E.P.E - Hospital Pulido Valente
Maria João André
Centro Hospitalar Lisboa Norte E.P.E - Hospital Pulido Valente
Maria Paula Portela de Almeida
Centro Hospitalar Lisboa Norte E.P.E - Hospital Pulido Valente
Odete da Silva Mendes
Centro Hospitalar Lisboa Norte E.P.E - Hospital Pulido Valente
Rosa Marques Santos
Centro Hospitalar Lisboa Norte E.P.E - Hospital Pulido Valente

Publicado 01-12-2008

Palavras-chave

  • registos de enfermagem,
  • escrita sensível,
  • notas de evolução,
  • investigação

Como Citar

Martins, A. ., Pinto, A. A. ., Lourenço, C. M. ., Pimentel, E. ., Fonseca, I. ., André, M. J. ., Portela de Almeida, M. P. ., da Silva Mendes, O. ., & Marques Santos, R. . (2008). Qual o lugar da escrita sensível nos registos de enfermagem?. Pensar Enfermagem, 12(2), 52–61. https://doi.org/10.56732/pensarenf.v12i2.7

Resumo

A importância dos registos de enfermagem é actualmente reconhecida e indispensável para assegurar a continuidade dos cuidados, realçando a sua função de comunicação dos aspectos resultantes deste processo de cuidados. Sendo o ser humano o alvo da profissão de enfermagem, é imperativo construir uma linguagem em que o elemento humano esteja bem visível. Mas será que esta linguagem tradutora de sensibilidade e que identifica a pessoa como única está presente nos registos realizados? Esta questão surgiu como força impulsionadora para a realização deste estudo de carácter exploratório e descritivo, com uma abordagem qualitativa e teve como principal objectivo conhecer a expressão do agir pensado, da dimensão humana do cuidar, nos registos de evolução de enfermagem. Procedeu-se à análise das notas de evolução de dois clientes de cada um dos 18 serviços, num período de 24 horas. O tratamento dos dados foi realizado segundo a análise de conteúdo de Bardin. Deste estudo concluímos que, os enfermeiros reconhecem como grande finalidade dos registos a garantia da continuidade dos cuidados, realçando os aspectos técnicos e relacionados com as intervenções interdependentes. Os aspectos emocionais e os relativos à família não têm uma expressão significativa. As categorias, embora com menor número de unidades de registo, relacionadas com a atenção centrada na pessoa que está envolvida no processo de cuidar, a referência à sua autonomia e capacidade de decisão, faz sobressair na escrita a sua singularidade e a presença do enfermeiro nesta interacção de cuidar e ser cuidado.

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