Vol. 17 N.º 1 (2013): Revista Científica Pensar Enfermagem
Artigos originais

Escala de fatores de resiliência de Takviriyanun: Propriedades psicométricas da versão portuguesa

José Vilelas
RN, MSc, PhD, Professor Coordenador, Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa
Isabel Lucas
RN, MSc, Professora Adjunta, Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa
Isabel Santos Silva
RN, MSc, Professora Adjunta, Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa
Ana Paula Nunes
RN, MSc, Professora Adjunta, Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa
Isabel Castanheira das Neves
RN, MSc, Professora Adjunta, Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa

Publicado 03-07-2013

Palavras-chave

  • validação,
  • escala,
  • resiliência,
  • fatores de proteção,
  • jovens adultos

Como Citar

Vilelas, J., Lucas, I., Santos Silva, I., Nunes, A. P., & Castanheira das Neves, I. (2013). Escala de fatores de resiliência de Takviriyanun: Propriedades psicométricas da versão portuguesa. Pensar Enfermagem, 17(1), 2–16. https://doi.org/10.56732/pensarenf.v17i1.74

Resumo

Introdução: A maioria dos autores defende que a resiliência é efetiva para enfrentar adversidades e promover a saúde mental, com especial incidência na esfera emocional. O aumento do interesse pelo conceito de resiliência evidencia a necessidade do desenvolvimento de instrumentos de avaliação adequados a este constructo. Em Portugal, são escassas as escalas que avaliem os fatores de resiliência em jovens adultos. Nesta perspetiva, para que se estenda a amplitude dos estudos sobre resiliência e se consolidem os resultados sobre o tema, torna-se importante a utilização de instrumentos de medida válidos e fidedignos, de rápida aplicação e interpretação.

Objetivo: Este estudo teve como objetivo validar a Escala “The Resilience Factors Scale” (RFS) de Takviriyanun (2008), para a população portuguesa.

Participantes e Métodos: A escala foi traduzida e adaptada culturalmente para português e aplicada a uma amostra de 188 estudantes do Curso de Licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa. Esta escala foi testada quanto à sua adequação, compreensão, validade de face e de conteúdo tendo sido avaliadas as suas propriedades psicométricas, através do Coeficiente Alpha (α) de Cronbach e da análise fatorial exploratória e confirmatória.

Resultados: Os participantes apresentaram uma média de idades de 22 anos, sendo que 81,1% eram do sexo feminino. Durante o tempo letivo, estes permaneceram na sua residência habitual (90,4%), em meio urbano (89,8%). Os 27 itens da escala, após recurso à análise fatorial exploratória, ficaram reduzidos a 21, agrupados em duas subescalas: Competências de resolução de problemas e Competências sociais e suporte social, cuja consistência interna foi de (α) =.75 e .74, respetivamente e com uma variância total da escala explicada de 52,2%. Através da análise fatorial confirmatória testou-se que o modelo de dois fatores era o que apresentava índices de qualidade de ajustamento aceitáveis.

Discussão e Conclusão: No processo de validação foi encontrada uma estrutura de relação entre os diferentes itens da escala, não coincidente com o modelo original. Desta forma os itens agruparam-se em duas subescalas. A escala dos fatores de resiliência, na versão traduzida e adaptada para português, demonstrou ser de fácil aplicabilidade, com uma consistência interna de .81, que permite explicar os fatores individuais e sociais que influenciam a resiliência nos jovens adultos. As implicações destes resultados sugerem-nos futuros estudos.

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