Vol. 18 N.º 2 (2014): Revista Científica Pensar Enfermagem
Artigos originais

Competência emocional do enfermeiro: a significação do constructo

Sandra Xavier
Professora Adjunta, Escola Superior de Saúde IPBeja, MSc, RN
Lucília Nunes
Professora Coordenadora, Escola Superior de Saúde IPSetúbal, PhD, MSc, RN
Marta Lima Basto
Professora Coordenadora, Aposentada, PhD, MSc, RN

Publicado 30-12-2014

Palavras-chave

  • análise de discurso,
  • competência emocional,
  • enfermeiro,
  • significação,
  • fim de vida

Como Citar

Xavier, S. ., Nunes, L., & Lima Basto, M. (2014). Competência emocional do enfermeiro: a significação do constructo. Pensar Enfermagem, 18(2), 3–19. https://doi.org/10.56732/pensarenf.v18i2.93

Resumo

Nas últimas décadas a incidência dos estudos sobre a temática das emoções na enfermagem centrou-se, sobretudo, na experiência emocional dos doentes e dos enfermeiros, deixando espaço para o foco da competência emocional do enfermeiro. Considerando que o contexto de fim de vida é repleto de sentimentos, sensações e emoções difíceis de gerir pelos enfermeiros, tornou-se fundamental significar os cenários emocionais importantes na prestação de cuidados de conforto durante essa fase do ciclo de vida. A finalidade deste estudo é contribuir para a clarificação do significado do desenvolvimento de competências emocionais no agir profissional do enfermeiro, assumindo como centro de interesse o contexto da prestação de cuidados de conforto à pessoa internada em unidade de cuidados paliativos. Considerando o problema e os objetivos em estudo, optou-se por um referencial metodológico de natureza qualitativa, com carácter descritivo e exploratório. Os sujeitos em análise são enfermeiros e pessoas que vivenciam o fim de vida, e que aceitaram participar no estudo através de entrevista semiestruturada, tendo sido assegurados e protegidos os procedimentos éticos inerentes. Para a análise do fenómeno em estudo, analisaram-se os dados usando a análise crítica do discurso de Fairclough. Do estudo emergiu o constructo da ‘competência emocional do enfermeiro’, como sendo um conjunto de capacidades que permitem conhecer, regular, atingir e gerir fenómenos emocionais de modo a construir e
manter relações interpessoais em ambiente afetivo, o qual se enforma em torno de cinco dimensões, e se transforma igualmente em cinco capacidades. 

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